Quando Luiz Aguiar voltou para o Rio de Janeiro foi morar
na rua General Câmara, nº 120, dedicando-se com todo o ardor aos trabalhos
exaustivos de sua profissão com o maior zelo e escrupuloso cuidado de modoa
poder cada vez mais firmar o seu crédito, passando mais tarde o seu
estabelecimento, já mais desenvolvido, a ocupar o prédio de sua propriedade à
rua Conde de Bonfin, nº 147 .
Aí, a insistentes convites de seu colega e amigo o
farmacêutico Arulo Barreto, consentiu na organização da “Companhia Química
Industrial da Flora Brasileira”, da qual apenas aceitou o cargo de técnico, na
executiva de ver desenvolvida a sua indústria conforme lhe asseguraram os seus
organizadores e sem fazer questão do “quantum” que lhe seria pago pela cessão
que fazia de seu já bem montado estabelecimento industrial, recebeu em
pagamento, títulos da referida Companhia, que foi liquidada dando-lhe enorme
prejuízo.
Não desanimou, porém, e continuou sempre a trabalhar
garantindo o seu nome e os seus produtos, e afinal obrigado a comprar em praça,
em virtude da liquidação da Companhia, o que tanto tempo e dinheiro lhe custara
e assim encetou de novo o seu tirocínio de lutas. Nesta época orçava por uns cem
produtos o acervo da Companhia, em cujo número figuravam muitos da flora
nacional e outros de matérias primas exóticas.
Freire de Aguiar combater o charlatanismo da Água Inglesa
vendida no Brasil e desenvolveu um produto muito melhor que o importado. Depois
de fazer estudos de vários vegetais de nossa flora, conseguiu elaborar uma
fórmula honesta e cientificamente perfeita e obteve a aprovação de sua Água
Inglesa modificada.
A Inspetoria Geral de Higiene, em 20 de outubro de 1888,
expediu circulares aos inspetores de higiene provinciais e aos droguistas,
dando conhecimento aos farmacêuticos da Inspetoria, para a devida autorização
de comercialização.
Em análises realizadas nos laboratórios oficiais, e
pessoalmente conseguiu provar a inocuidade de vários produtos importados do
estrangeiro, entre os quais o Elixir Alimentício de Ducro, que não continha
nenhuma substância alimentar. Chapoteaut, farmacêutico francês, fabricou um
preparado em que devia entrar a peptona: pelo exame a que ele procedeu, na
presença de médicos, farmacêuticos e jornalistas provaram que tal medicamento
não possuía nem sombra de carne.
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