Sinomia:
Marapuama
Etimologia da palavra: A palavra Muirapuama vem de Muira
(ou Muyra) que significa lenho de árvore e puama, forte, potente. Segundo
outros Muyra ou melhor Puyra) significa colar e apuam ou puam, arredondado ou
esférico, este talvez originado da forma dos frutos da planta, que, é provável,
seriam de adorno para a nossas índias.
Nome científico: Muirapuama é de fato uma Olacacea, mas
não a Dulaci Ovata.
Muirapuama é uma árvore de ramos alternos, delgados, cilíndricos,
glabros; os ramos mais novos são sub-angulosos, levemente sulcados
longitudinalmente e em geral um tanto flexuosos.

Droga:
A
parte empregada da Muirapuama é a raiz
das plantas novas. Disse-nos o Dr Ducke, botânico do Instituto Emilio Goeldi,
que os ervanários amazonenses só colhem a raiz das plantas novas por suporem
que as árvores adultas, de aspecto um tanto diferente, não sejam da mesma
espécie vegetal.
Como o alcaloide, Muirapuama, quase que só existe na
casca, seria talvez mais logico empregar as cascas árvores adultas, o que
evitaria o sacrifício dos exemplares novos com a retirada das raízes. Somente
um exame químico dessas cascas poderia resolver de vez essa questão.
A droga comercial é constituída de raízes e restos da
base do caule.
Seu cheiro é fraco e seu sabor levemente amargo e adstringente.
A muirapuamina existe quase que exclusivamente na casca;
o lenho da raiz pulverizado encerra apenas traços desse alcaloide, segundo
pesquisa. Seria por tanto mais razoável que se usasse apenas as cascas do caule
e ramos de árvores adultas, evitando-se assim o sacrifício inútil dos
exemplares novos, com a poda das raízes, tornando a droga muito mais ativa.
Propriedades terapêuticas: É droga útil no tratamento das
doenças do sistema nervoso.
Dá resultado comprovado nas astenias gastro-intestinais e
circulatórias, na atonia da ovulação e na impotência genisica.
Deu bom resultado também na afrodisíaca, neurastenia, ataxia locomotriz,
nas nevralgias antigas, no reumatismo crônico, nas paralisias parciais, esta
planta dá resultados duráveis.
Externamente se emprega
a tintura em fricção contra
reumatismo e a paralisia.
Bibliografia: Revista de Medicina e Farmácia de
1925 – Rodolpho Albino Dias da Silva.
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