domingo, 30 de julho de 2017

Araucária no século XIX

É uma árvore colossal, magnifica, sempre verde, piramidal, com cerca de 50 metros de altura e seis de circunferência. Brota circularmente do tronco; folhas escamosas e ásperas, imbricadas; flores variadas no extremo dos ramos, reunidas em cachos de forma cônica, composta de escamas, sendo as masculinas colocadas verde exterior do fruto; as

sementes envoltas em cada as nas axilas das escamas; as femininas de forma oval, o fruto  com 15cm pouco mais ou menos, superfície escamosa que envolvem a semente, que são de forma cônica alongada, alojada em eixo comum, cujo ápice é voltado para fora formado a parte verde exterior do fruto; as sementes envoltas em cada escama da pinha, a proporção que se concentram, tomam uma cor avermelhada no ápice, mesclada  de manchas escuras; cada uma delas compõe-se de um tegumento duro e coriáceo difícil de romper; segue-se depois uma membrana delgada, avermelhada que envolve uma amêndoa branca oleosa, leitosa antes de madura.


O vegetal floresce no mês de agosto, levando de 10 a 11 meses para o completo desenvolvimento dos frutos.
No século XIX encontrava-se em estado selvagem por quase todo o Brasil, principalmente em regiões originalmente de Mata Atlântica. Em São Paulo e no Paraná havia matas extensas de Araucárias.  
É planta cultivada nos jardins como planta de adorno. As sementes denominada pinhão, privadas da parte coriácea, cruas ou cozidas, são usadas como alimento para o homem e animais. As amêndoas secas ao calor, e reduzidas a pó, fornecem uma farinha nutritiva de fácil conservação; torrada e misturadas completa e açúcar, dão uma bebida semelhante ao chocolate.
O óleo gorduroso é incolor transparente, sem cheiro, de consistência igual ao de rícino, de sabor desagradável empregado como purgativo.

O caule da árvore deixa exurtar um líquido aromático que, ao contato do ar, no fim de algum tempo, se endurece, sendo conhecido pelo nome de resina de pinheiro; a qual é usada internamente em xarope como peitoral; raras vezes externamente.
Esta goma resina, seca e exposta ao calor do fogo em vaso apropriado, amolece sem se fundir e sobre um forte calor arde com chama fuliginosa, espalhando aroma um pouco semelhante ao incenso.
A madeira do pinheiro é usada para construção civil e naval, podendo-se distinguir três variedades; branca, parda e vermelha, o que depende certamente do terreno e localidade onde cresce o vegetal.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil` (1888-1914).

Para saber mais: http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/peckteo.htm

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