Dorstenia brasiliensis, Klotzsech |
É uma planta suberbacea de caule radicante, ascendente,
glabro, com as folhas ovais ou lanceoladas-oblongas, pontudas, denteadas-repandidas,
membranáceas, ásperas, de cor verde escuro na face superior e mais claro na
inferior, de 16-27cm de comprimento sobre 5-10 de largura, tendo os pecíolos semi-roliços,
triangulares, lisos e de 11-22cm de comprimento. As folhas ficam muito próximas
do solo e as vezes deitadas sobre ele.
Habita os estados do Rio Grande do Sul, da Bahia, de
Pernambuco, de Minas e de São Paulo.
A parte da planta empregada é o caule ou o rizoma que é
oval, de 2-8cm de comprimento sobre 1mm, de diâmetro, de cor pardacenta
avermelhada na face externa e amarelada na interna, de sabor levemente amargo,
picante e acre e de aroma particular, fraco um tanto agradável, assemelhando-se
um pouco ao da canfora e do eucalipto.
Este rizoma é usado como emético, diaforético e
estimulante, particularmente na clorose e na leucorréias; dizem que é um
verdadeiro específico contra a mordedura das cobras. Como estimulante empregam a
infusão dos rizomas na proporção de 30grs para 180grs de liquido, que é usado
na dose de 1 colher todas as horas.
O gênero Dorstenia foi instituído por Plumier, em
homenagem ao botânico Dorsten.
Drackena deriva-se do nome do celebre navegante Drake,
que trouxe de uma das viagens ao Peru, no meado do século XVI, uma raiz
considerada como a verdadeira contra erva e que depois se reconheceu ser a
Dorstenia Houstonii, que Lineu. Mais tarde Marggraff e Pison verificaram que
esta denominação vulgar cabia a uma planta brasileira do gênero Dorstenia e não
aquela.
Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do
Brasil (1888-1914).
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