Comprimidos modernos |
As primeiras ideias de Paracelsus fossem mal acolhidas
nas escolas de medicina, aos poucos porém, quando maior era o número de médicos
interessados na química, então, as mesmas conquistaram seu devido lugar na
medicina. Fervorosos propagadores da utilização de compostos químicos em
medicina, foram os celebras médicos João Van Helmont , 1577-1644 e Francisco de
Le Boe Sylvius, 1614-1672. No fim do século XVIII a química deixou de ser
alquimia, isto é arte de fazer ouro e preparação dos elixires de longa vida,
tornando-se uma ciência que passou para as mãos dsos farmacêuticos e químicos.
No ano de 1828, Wohler conseguiu a primeira síntese orgânica e com isso
modificou as teorias existentes, de que os compostos orgânicos só podiam ser
feitos nos organismos vivos. Mas, dentro de pouco tempo verificaram que nos
laboratórios era possível obter vários compostos, até então só fornecidos pelos
organismos vivos, como também ultrapassar a produção natural e obter compostos
desconhecidos na natureza. Quando, em 1833 Knorr conseguiu produzir sinteticamente
antipirina que se mostrou um bom anti-febrifugo, começou nos anais da medicina
a época chamada da quimioterapia, na qual se iniciou o uso vasto dos compostos
sintéticos produzidos nas fábricas e laboratórios.
Atualmente existe um ramo especial da química que trata
da síntese dos medicamentos, fornecendo os laboratórios químicos e
farmacêuticos, anualmente centenas ou milhares de produtos que põem a
disposição dos médicos.
Entre os novos compostos sintéticos há vários de grande
valor. Por serem combinações de estrutura conhecida e de efeito real, não era
de admirar, que os médicos dessem maior importância a eles deixando os antigos
de origem vegetal. Infelizmente os fabricantes de especialidades farmacêuticas,
não olham o bem estar do próximo, mas somente os seus interesses comerciais.
Costumam fabricar mesmo produtos com nomes diferentes ou
então efetuando modificações sem valor terapêutico, dizendo serem produtos
novos, e o pior, com a ganância do dinheiro, fabricam produtos sem valor e as
vezes até nocivos. Laboratórios de produtos químicos fazem a sua propaganda nas
revistas, folhetos e dando amostras, enchendo com este procedimento
consultórios médicos e laboratórios farmacológicos. Assim sendo, aparecem
anualmente milhares desses produtos; os médicos tem seu tempo ocupado com
seleção e pesquisa, não lhes restando forças para melhores estudos das antigas
drogas vegetais.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal – 1948 – Jan Muszynski – Prof. De Farmacognosia da
Fac. De Faarmácia Stefan Botory de Vilno.
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