Entre as Artocarpeas a mais importante por ser a de maior
utilidade, principalmente para a alimentação, Artocarpus incisa, Lin, oriunda da Polinésia, onde é denominado
Rima e considerado aqui como planta brasileira por se achar tão vulgarizada e
aclimatada que em muitos estados é silvestre, principalmente na Bahia e no
Pará.
Fruta pão, Artocarpus incisa, Lin |
No Brasil é vulgarmente conhecida como Árvore do pão,
Fruta-de-pão ou Fruta de pão, como bem o diz o gênero Artocarpus do grego pão-fruto, visto o seu fruto substituir as
vezes o pão; o mesmo uso tem este vegetal entre os habitantes da Malásia e da
Polinésia, sendo até considerado ai muito
rico o individuo que possui grandes plantações desta planta, chegando o
seu fruto a constituir um instrumento de permuta e mesmo de ter valor
monetário.
É uma árvore que atinge 13 a 14 metros de altura, muito
ramosa e ampla, de tronco nodoso, com a casca acinzentada, um pouco leitoso,
principalmente no período das folhas e nos frutos; as folhas são grandes,
profundamente cortadas, de conformação um pouco semelhante as da figueira (Ficus carica), porém, de muito maiores
dimensões; ásperas, de cor verde na face superior e mais pálida na inferior com
as nervuras muito salientes e grossas.
Os frutos ou soroses são esverdinhados, de tamanho
variável, atingindo em geral, o tamanho de uma cabeça de criança ou mesmo de um
adulto; coberto de tubérculos policilindricos e formado totalmente por uma
massa interna farinácea, branca e livre de sementes, devido a cultura.
A parte mais importante deste vegetal é sem duvida o
fruto, que é quase que exclusivamente usada.
Este fruto é normalmente utilizado como alimento sob
várias formas. Antes do seu completo amadurecimento faz às vezes de pão, quer simplesmente
cosido em água, ou depois de ser levado ao forno, cortado em pequenas fatias e
ligeiramente aquecido até perder grande parte da água; assim preparado tem
sabor agradável, um pouco semelhante ao do pão; e é muito nutritivo.
Com este fruto seco fazem também a farinha, que é usada
como alimento.
O seu emprego medicinal é restrito. Reduzido a pasta e
depois aquecido, é usado como cataplasma para resolver ou favorecer a supuração
de tumores; as folhas contusas são também empregadas, depois de aquecidas, para
os mesmos fins.
Um fruto de pão completamente amadurecido na árvore tendo
a parte carnosa mole, polposa, um pouco glutinoso e de sabor adocicado.
O químico Ricord Madiana achou em um fruto 14% de amido.
Bibliografia: Peckolt, Gustavo: Revista União Médica, Matéria
Médica e Farmacológica. 1925
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