O Brasil desde o regime colonial adotava a farmacopeia
Lusitana, e o Codex Francês passou a ser oficialmente admitido pelo decreto nº
8387 de 19 de janeiro de 1882. Assim, os brasileiros não podiam “oficialmente”,
usar os extratos fluidos americanos. Só no período republicano, após 1889, começaram
a fabricar no Brasil a fórmula americana. O Formulário do Dr. Chernoviz, o mais
popular dos formulários farmacêuticos do século passado, trazia apenas duas
fórmulas de extrato fluido de Hydrastis canadenses e Noz de Kola, formula transcrita
da Deusse, única fabricante de extrato fluido na Europa.
Laboratório da Casa Silva Araujo |
Quem primeiro fabricou industrialmente no Brasil o
extrato fluido foi o farmacêutico João Luiz Alves, estabelecido no Rio de
Janeiro. Entretanto, quem primeiro escreveu uma monografia sobre o assunto foi
o farmacêutico Francisco Giffoni, por ocasião da sua candidatura a membro
titular da Academia Nacional de medicina, em 25 de maio de 1899.
As casas Giffoni, Silva Araújo e Granado tornaram-se
grandes produtoras desta fórmula americana. Os catálogos da Casa Silva Araújo e
Granado traziam 500 variedades, transformando praticamente todas as nossas
plantas medicinais de uso corrente nos respectivos extratos fluidos. Os
catálogos, desta casa também traziam à descrição das plantas, suas indicações
terapêuticas, a posologia de cada extrato, e o modo de preparar cada uma das
plantas. Sendo que na Farmacopeia de Rodolpho Albino consta o texto de
preparação de 138 fórmulas destes extratos.
Bibliografia:
Esboço Histórico dos Extratos – Professor Heitor Luz – revista Brasileira de
Farmácia – 1941.
Extrato Fluido – Extensão de uso – Farmacêutico Raul
Coimbra – Revista Brasileira de Farmácia – 1941
A Forma do Extrato Fluido – Professor Virgilio Lucas –
revista Brasileira de Farmácia -1942
Nenhum comentário:
Postar um comentário