Ocotea
odorífera, já foi chamada cientificamente de Mespilodaphne sassafrás, Meissn. Seu
nome popular mais comum é Canela sassafrás, também conhecida como Canela
funcho, Sassafrás, Louro sassafrás.
Era uma árvore muito comum na paisagem urbana do Rio de Janeiro
no século XIX. Bonita sempre viçosa, verdejante, de ramos eretos, folhas coriáceas
em tom verde escuro luzidia na face superior e verde claro na inferior.
Inflorescência em racimos, de flores hermafroditas, de
cor branca e muito cheirosa. O fruto é uma baga um pouco carnosa, do tamanho de
uma azeitona oval, de cor amarela avermelhada, lustrosa quando madura, imersa
até o meio em uma cupola, dura, um tanto lenhosa e de cor verde escura,.
Toda a planta é aromática, sendo as folhas, em pequena
proporção. É um excitante aromático e antiartritico.
As flores também são aromáticas e fornecem pela
destilação um óleo essencial de cor esverdeada, de aroma particular lembrando a
flor de laranjeira e jasmim, de sabor acre.
O óleo essencial das flores e das folhas poderiam servir
com grandes vantagens na confecção de perfumarias e bem mereciam fazer parte da
terapêutica brasileira por causa de suas propriedades medicinais apregoada pelo
povo.
Normalmente é usada em fricções nas nevralgias e nas
dores reumáticas; é tido como excelente inseticida.
O cozimento das raspas da madeira é considerado ótimo
depurativo.
A casca da raiz é aromática e contem bastante óleo
essencial; é usada em cozimento de 100 grs para um litro de coadura, na dose de
alguns cálices por dia para combater o reumatismo.
Tanto as cascas da árvore como as da raiz são
consideradas sudorificas e diuréticas.
A madeira é considerada de inferior qualidade e pouco
usada na construção civil. Sua cor é amarela raiada de veios escuros, porosa.
Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do
Brasil (1888-1914).
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