A raiz tuberosa emite uma haste de ½ a 2 metros de comprimento
sobre 2 a 4 cm de diâmetro, manchada de preto e branca esverdeada que dá a aparência
de cobra jararaca, tendo no ápice uma ou duas folhas lobadas e invaginantes. A inflorescência
é um espádice cilíndrica de 4 -5 cm de extensão, protegida por uma espada de
cor arroxeada, de 10 a 20cm de comprimento.
Habita a Mata Atlântica entre os estados do Rio de Janeiro,
Minas, Espirito Santo e Bahia.
Sua tubera é suculenta e contusa, espalha um forte aroma
de rabão, o seu suco tem cor amarelada de sabor ligeiramente ácido e provoca
ardor na faringe. Este suco fervido perde estas propriedades, depois de algum
tempo em repouso torna-se gelatinoso pela quantidade de matéria pectinosa que
contem.
A raiz tuberosa, assada sobre brasa, serve de alimento
aos indígenas.
A tubera contusa com aguardente e dado em pequenos
cálices, como antídoto do veneno das cobras, aplicando o resíduo da polpa sobre
o lugar da mordedura.
A raiz tuberosa seca reduzida a pó é também aplicada na
dose de 1 a 2 ml para ser tomada contra a mordedura de cobras; na asma, dá-se o
pó na dose de 50centigramas 2 vezes ao dia; na clorose, na amenorreia dá-se 30
centigramas 3 vezes ao dia e na coqueluche na dose de 3 a 5 centigramas 4 vezes
ao dia, conforme a idade.
As folhas e as hastes contusas são empregadas vulgarmente
para a cura das ulceras de mau caráter, para aplicar na forma de pasta sobre as
mesmas, 2 vezes ao dia.
Dizem que envolvendo os queijos nas folhas desta planta
preserva-se dos bichos.
Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do
Brasil (1888-1914).
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