domingo, 24 de setembro de 2017

O fruto de banana de Imbé e açúcar vira doce.

É um arbusto elegante. Que geralmente atinge de dois a três metros de altura, sobre 10 -15cm de diâmetro tendo caule marcado pelas cicatrizes deixadas pelas folhas que caem; coroado no ápice por um grande número de folhas coriáceas recortadas, lustrosas na face superior e opacas na inferior, com o pecíolo de ½ metro de comprimento e de 1cm de diâmetro; inflorescência em espádices protegida por uma espada oval oblonga e coriácea tendo a face externa de cor purpura e a interna esbranquiçada.


Fruto de Macaco
Os frutos são bagas globosas de cor amarelada semelhante a uma grande espiga de milho.

Floresce no mês de setembro e tem fruto em fevereiro é comum no sudeste brasileiro.
Philodendum penatifolium


O fruto é muito apreciado pelos indígenas, assim como pelos macacos e morcegos.
As sementes são tidas como vermífugas.
As bagas maduras são carnosas, suculentas, mucilaginosas, de sabor acido adocicado um pouco desagradável e são usadas também para doces.
Os frutos são comestíveis e misturados com açúcar servem para confecção de doces. A raiz é tida como drástica.
Desta espécie existem muitas variedades, todas cultivadas como plantas de adorno para jardins.


Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

domingo, 17 de setembro de 2017

A raiz da Jararaca é antidoto para picada de cobra

A raiz tuberosa emite uma haste de ½ a 2 metros de comprimento sobre 2 a 4 cm de diâmetro, manchada de preto e branca esverdeada que dá a aparência de cobra jararaca, tendo no ápice uma ou duas folhas lobadas e invaginantes. A inflorescência é um espádice cilíndrica de 4 -5 cm de extensão, protegida por uma espada de cor arroxeada, de 10 a 20cm de comprimento.

Habita a Mata Atlântica entre os estados do Rio de Janeiro, Minas, Espirito Santo e Bahia.
Sua tubera é suculenta e contusa, espalha um forte aroma de rabão, o seu suco tem cor amarelada de sabor ligeiramente ácido e provoca ardor na faringe. Este suco fervido perde estas propriedades, depois de algum tempo em repouso torna-se gelatinoso pela quantidade de matéria pectinosa que contem.
A raiz tuberosa, assada sobre brasa, serve de alimento aos indígenas.
A tubera contusa com aguardente e dado em pequenos cálices, como antídoto do veneno das cobras, aplicando o resíduo da polpa sobre o lugar da mordedura.
A raiz tuberosa seca reduzida a pó é também aplicada na dose de 1 a 2 ml para ser tomada contra a mordedura de cobras; na asma, dá-se o pó na dose de 50centigramas 2 vezes ao dia; na clorose, na amenorreia dá-se 30 centigramas 3 vezes ao dia e na coqueluche na dose de 3 a 5 centigramas 4 vezes ao dia, conforme a idade.
As folhas e as hastes contusas são empregadas vulgarmente para a cura das ulceras de mau caráter, para aplicar na forma de pasta sobre as mesmas, 2 vezes ao dia.
Dizem que envolvendo os queijos nas folhas desta planta preserva-se dos bichos.


Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

domingo, 10 de setembro de 2017

O Agave Americana tem coração com água de mel.

Agave Americana, Lin é uma planta vivaz que cresce espontaneamente no México sobre os rochedos, e a muito tempo cultivadas no brasil ara ornamentação de jardins.
As suas folhas tem 3 metros mais ou menos de comprimento; são carnosas e cheias de dentes espinhosos, dispostas em roseta ao redor de uma pequena haste de onde parte o ramo florífero que somente se desenvolve dez ou doze anos. Esse ramo florifico, ou mais propriamente longo pedúnculo, cresce tão rapidamente que, no fim de alguns dias, atinge muitos metros de comprimento; termina por uma inflorescência em forma de candelabro, muito ramosa com milhares de flores amarelas mais ou menos esverdinhadas; o fruto é capsular e tem muitas sementes achatadas; as raízes são fibrosas.
Agave Americana, Lin
Os indígenas do México extraem do pedúnculo floral denominado por eles de “Coração”, um suco conhecido por água de mel que dá depois de fermentado, uma bebida alcoólica muito apreciada por eles denominada Pulque ou Octli.
Para a extração desse suco seguem o seguinte processo: Cortam as folhas menores e mais centrais, depois aparam as outras de maneira que deem entrada ao individuo encarregado de fazer o corte no grande pedúnculo, que é cortado na parte inferior por meio de uma espécie de colher de ferro de cabo comprido de modo que se possa acumular uma  certa quantidade do liquido que é retirado por meio de uma cabaça comprida e daí acondicionada em bolsas de couro que são levadas para as adegas onde o liquido fermenta rapidamente.
Esta seiva é retirada durante quatro meses mais ou menos, regulando fornecer cada planta perto de duzentos litros.
O líquido possui um sabor adocicado, acido no momento da extração, e a bebida fermentada se assemelha ao vinho de maças, tem cor opalescente e um aroma particular que,  pelo uso de um método aperfeiçoado, pode se obter um liquido alcoólico transparente de aroma não agradável.
Esta bebida dá pela destilação uma aguardente semelhante ao arrac denominada Mexical.
Nas Antilhas e Equador, onde a planta é também muito cultivada, o suco é evaporado a consistência de mel em vez de açúcar que é conhecido por Chaquasmisque.
Das folhas do vegetal se extrai grande quantidade de fibras conhecidas  por fibras de aloés ou de pita que servem para fabrico de cordas, de diversos tecidos.
Os antigos habitantes do México preparavam antigamente com as folhas uma qualidade de papel duro no qual escreviam e desenhavam com tintas especiais, de diferente cores de origem vegetal, tintas essas tão firmes que hoje encontram-se exemplares com diversos  hieróglifos em  perfeito estado apesar dos 400 de sua existência.
O suco fresco extraído das folhas é considerado um bom diurético e usado os cálices contra os cálculos biliares; na dose de algumas colheres por dia, é empregado nas obstruções do fígado e também como antissifilítico.
A raiz tem o mesmo uso da salsaparrilha. Os novos rebentos do pendunculo floral são usados na culinária.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

domingo, 3 de setembro de 2017

A Carnaubeira e suas muitas utilidades no século XIX

Esta palmeira, que é uma das mais vulgares da província do Ceará, habita também as províncias da Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, mato grosso, Pernambuco e Maranhã.
Carnaubeira , Copernicia cerifera, Mart.
Este vegetal resiste tanto as grandes inundações como as mais rigorosas secas.
Na província do Ceará, que é quase sempre flagrada pela seca, desaparecendo campos verdejantes e até as matas espessas, as florestas de carnaubeiras são as únicas que se conservam em seu belo estado.


A madeira do tronco é fibrosa, muito dura, leve, de cor pardacenta riscada de preto. É madeira é usada na construção civil.
Da medula do tronco extrai-se uma fécula amelace semelhante ao sagu é muito branca.
O pedúnculo floral, antes de completo desenvolvimento, extrae-se um suco adocicado que serve de bebida e pela fermentação fornece um liquido alcoolico semelhante ao vinho e de sabor agradável.
O palmito é muito saboroso e apreciado na culinária.
As folhas fornecem um pó escamoso muito leve e de cor cinzenta amarelada.
Para a extração desta cera, que cobre as folhas novas, principalmente na face inferior, cortam as folhas antes do seu desabrochamento deixam expostas ao sol até secarem, depois de batidas com pequenas varasaté não sair mais pó algum e neste estado a cera apresenta mistura com muitas fibras.
Para purificar a cera bruta fundem-se so misturado com água, depois coam e deixarão esfriar.
Cada palmeira regula ter 6 a 10 folhas novas, mas que não devem todas ser cortadas ao mesmo, tempo, para que a planta não morra, deixando sempre as mais novas; mas, como o seu desenvolvimento é rápido, podem cortar as folhas duas vezes por ano.
A cor de carnaúba que existe no comercio é em massa compacta, dura, quebradiça e de cor amarelada lustrosa.
As folhas da palmeira, além de fornecerem cera, servem para cobrir casas, para o fabrico de cestos, leques, chapéus, esteiras, vassouras e papel.
Os frutos verdes, depois de fervidos em água até tornarem-se moles e aquecidos com leite, servem de alimento. Quando maduros, tem uma parte polposa, de sabor adocicado e no tempo das grandes secas servem de alimento ao gado.
A amêndoa, socada e fervida com água ou leite, dá um mingau que é muito apreciado como alimento pelos habitantes onde a planta cresce.
Torras as amêndoas são usadas em infuão como café.
O óleo é de cor esverdeada, tema consistência do sebo.
As raízes da Carnaubeira são cumpridas de 5mm de diâmetro, cor pardacenta avermelhada na face externa, e , na interna, ligeiramente fibros, e de cor acinzentada.
Estas raízes assemelham-se as japecanga e são usadas em vez de salsaparrilha contra as afecções cutâneas, artríticas e sifilíticas. O cozimento é feito na proporção de 60 grs de raízes para 1 litro de água que é usado na dose de 3-4 cálices por dia.
Os indígenas e os sertanejos extraem das cinzas da raiz um sal, que é empregado da mesma maneira e para os mesmos fins que o sal de cozinha.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).