sábado, 28 de outubro de 2017

Entre a cidreira e o limão fica o cheiro do Capim Limão

Capim barata, Jacapé, Capim cidreira, Capim limão, Barba de boi, Paraturá, é o Killingia odorata, Vahla
Esta planta apresenta um curto rizoma com raízes delegadas e fortes, espalhadas em diversos sentidos; dele parte um grande número de rebentos que constituem os colonos, formando conforme a idade do vegetal, uma grande soqueira.
Estes colmos são cilíndricos na parte interna é de cor branca esverdeada, vemente amarelada, violácea purpura próximo da base.
As folhas mais antigas não tem bainha tão pulverulenta e são maior parte marcadas numa margem por friso de cor mais ou menos ruiva.
É uma planta nativa do Pará ao Rio de Janeiro.
As folhas do capim cheiros e os rebentos possuem um aroma forte, agradável semelhante ao da erva cidreira r ao do limão; tem um sabor adocicado a principio e depois ligeiramente amargo, picante, muito parecido com o das cascas do limão, mas não tão forte, porém, mais agradável, e o da parte interna do colmo mais adocicado do que amargo.
As folhas secas perdem completamente o aroma, permanecendo porém, um sabor levemente amargo.
A época do ano apropriada para a obtenção de óleo essencial é no meados de Agosto – Setembro, sento necessário colher a planta antes da inflorescência.
Para usos medicinais deve-se empregar a planta fresca; a alcoolatura, a infusão e o hidrolato são as únicas formulas farmacêuticas.
As folhas de capim cheiroso são vulgarmente usadas como aromáticas, antiespamodicas, diuréticas, diaforéticas, cientificamente se provou carminativa, ou seja facilita expulsão de gases do estomago; acalma as gastralgias e por isso são excitante estomáquico.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).


sábado, 21 de outubro de 2017

Alface D’ Água já era conhecida no antigo Egito

Pistia stratioces, Lin é planta encontrada na superfície das águas tranquilas, ocupando grande extensão e formando tapetes verdes.
Alface d'água
As suas folhas são dispostas em rosetas e as radicais tem pecíolo maior e mais largo do que as outras; são espatuladas, obtusas, com a face superior da cor verde aveludada, pulverulentas, tendo 7 nervuras simples e longitudinais; a face inferior é de cor verde pálida esbranquiçada e cutanilhosa; as folhas radicais tem 9 cm de comprimento sobre 2cm de largura; as folhas radicais tem 9 cm de comprimento sobre 2cm de largura na base e 6cm no ápice.
A multiplicação desta planta é muito curiosa. Geralmente desenvolve-se no individuo em pequeno rebento em forma de pecíolo que atinge as vezes 7cm e mais de comprimento sobre 5 milímetros de largura, emitindo na parte superior uma ou mais folhas que se desenvolvem a medida que a planta cresce até atingirem seu tamanho natural, e assim por diante vão constituindo outros indivíduos em varias direções, aos quais se acham ligados formando um conjunto de muitas plantas.


Este vegetal é o stratotes dos antigos egípcios e tinha fama de tornar a água, onde ela vegetal, nociva a saúde produzindo cólicas, desinteiras e febres palustres, propriedades essas que julgamos ser provavelmente produzidas pela água estagnada e não pela planta, que, ao contrário, pela vegetação a água torna-se límpida e cristalina, caso a água seja poluída o vegetal não se desenvolve e morre.[
As folhas são usadas em infusão, de 30 grs. para ½ l de água fervendo, que é dada em colheres de sopa na hematúria, nas hemoptises, na diabetes insipida, nos tumores erisipelatosos, na disenteria e nas afecções antiherpicas; o suco das folhas é acre, mucilaginoso e dizem que na dose de uma colher das de chá, de hora em hora, misturado com um pouco d’água, é de ação mais eficaz nas doenças mencionadas.
A planta fresca contusa é usada sob a forma de cataplasma como emoliente e também para resolver os tumores purulentos e os furúnculos.


Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

sábado, 14 de outubro de 2017

Alocasia macrorrhiza é veneno para o gado

É planta oriunda do Ceilão a Alocasia macrorrhiza, Schott cultivada no Brasil desde 1858. Aclimatou-se tão bem que em alguns lugares parece nativa.
Tem o caule de 2 a 5 metros de altura com 20 a 30 cm de diâmetro; com as folhas
longamente pecioladas; ovais agudas de 60 cm de comprimento; a inflorescência acha-se em um longo pedúnculo de 15 a 20 cm de comprimento, protegido por um espata de 21 cm de extensão; o fruto é uma baga de cor amarelada de 1 cm de comprimento sobre 7 cm de diâmetro.
A raiz tuberosa é mais ou menos cônica e às vezes atinge a 1 ½ de comprimento por 33 cm de diâmetro.
A sua cor é mais ou menos pardacenta e a parte interna Carnosa é leitosa e de cor avermelhada um pouco esbranquiçada para o centro, não tão mucilaginosa como outras espécies.
Essa tubera contusa produz, em contato com a epiderme, um prurido insuportável desenvolvendo-se uma erupção semelhante a de um eczema.
O suco leitoso que enxurda em pequena quantidade da raiz tuberosa.
Flor de Alocasia indica
A cultura desta planta  que no passado era feita em grande quantidade pelos fazendeiros, foi abandonada por não servir de alimento para os animais., pois produz emagrecimento no gado.
Na Índia utilizam-se desta planta, principalmente das folhas e do caule, para alinwro dos animais, porém antes são submetidas a uma cocção de algumas horas por serem toxicas quando não são bem cozidas.
As folhas tenras da planta depois de bem cozidas são tidas como um bom legume.
As folhas contusas são aplicadas em cataplasmas nas inflamações do corpo e também como antidoto na picada de insetos venenosos.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Um alimento que se confunde com medicamento

Xanthosoma sagittifolium, já teve o nome científico de Xanthosema villaceum, Schott e Arum nigrum, Velloso.
Popularmente conhecida como Taya, Taya-rana, Taya-uva, Tajá buasú, Tajal, Tayá-rans, Inhame taioba
No século XIX era uma planta muito cultivada nas regiões tropicais, porém é oriunda da Índia ocidental.
Folha de Taioba
Seu rizoma tuberoso parte das folhas que são ovais, de 20-30cm de comprimento com 15 -30cm de largura, com face superior de cor verde escura e a inferior de cor verde esbranquiçada; os  pecíolos que sustentam estas folhas são grossos, carnosos de 30-40cm de comprimento e de cor verde arroxeada.
A inflorescência é um espádice de 23 cm de extensão protegida por espádice tubular de 10 cm de comprimento, com a face externa de cor verde acinzentada, tendo as margens arroxeadas e a face interna de cor branca esverdinhada.
Rizoma de Taioba
O seu rizoma tuberoso assemelha-se ao do inhame e é conhecido por inhame de taioba; é de cor pardacenta, cheia de raízes fibrosas e circundado por muitas tuberas de vários tamanhos que servem para transplantação.
As tuberas e as folhas de taioba, depois de cozidas, servem de alimento, e o povo aconselha o seu uso na anemia e na opilação.
As folhas contusas são empregadas em cataplasmas nos furúnculos.
O inhame de taioba é carnoso, com a parte interna branca, mucilaginosa e um pouco leitosa. Este Inhame às vezes pesa mais de um quilo.
As tuberas têm a parte carnosa branca, mucilaginosa e um pouco leitosa.
Este suco leitoso ao contato do ar adquire a cor castanha.
Entre os legumes usados pelo povo sobressaem as folhas da tayoba por conterem iodo que podemos avaliar na proporção de 3 mm para mil grama de folhas frescas, as quais servem de alimento nutritivo por contarem com muito azoto.
O valor nutritivo deste alimento é o que aumenta a importância do seu cultivo.
É planta silvestre nos terrenos úmidos dos estados do sul e sudeste.


Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

domingo, 1 de outubro de 2017

O Mangarito é o manjar das Américas

Xanthosoma sagitifolium, Schott popularmente conhecido como Mangarito ou Mangará mirim ou Mangarito.
Folha de Mangarito
É oriundo das Antilhas, tendo sido introduzido no Brasil pelos holandeses e geralmente cultivado em quase todos os estados tropicais.
É vegetal herbáceo que atinge um metro mais ou menos de altura; com as folhas ovais sagitadas, lobadas, de 50 cm de comprimento e com o pecíolo de um metro de extensão; inflorescência em espádice protegida por uma espada tubulosa de 6 a 7cm de comprimento e três a quatro de largura.
Desta espécie distingue-se as 3 variedades:
Mangarito Negro: de rizoma tuberoso, grande, circundado por pequenas tuberas de cor preta com a parte carnosa amarela escura e leitosa.
Rizoma de Mangarito amarelo
Mangarito Roxo: rizoma tuberoso, grande, acompanhado de pequenas tuberas arredondadas, tendo a epiderme de cor castanha na face externa e na interna de cor arroxeada; com a parte cernosa leitosa e de cor alaranjada.
Mangarito Branco: rizoma tuberoso, oblongo, achatado na parte superior, de 8 a 12 cm de comprimento sobre 6 a 8 de diâmetro; com a epiderme de cor pardacenta e a parte carnosa branca, muito pouco leitosa.
Este rizoma tuberoso é acompanhado de pequenas tuberas arredondadas, tendo a parte carnosa branca e isenta de suco leitoso.
Destas três variedades a terceira (mangarito branco) é a mais cultivada e procurada para a alimentação.
Rizoma de Mangarito Roxo
Do mangarito dedo de negro e do mangarito roxo só são usada para a alimentação as pequenas tuberas e o rizoma tuberoso, as folhas e os pecíolos servem depois de cozidos para sustento dos suínos.
As folhas do mangarito branco são empregadas na culinária como legume e as suas tuberas, assim como o rizoma tuberoso, são empregados misturados com farinha de milho para o fabrico de broas.
Estes rizomas servem de alimento no lugar de batatas; é um alimento bom e nutritivo.
O plantio destes mangaritos é feito por meio das pequenas tuberas.
O Mangarito roxo é o mais nutritivo um cloreto de ferro é o que dá a coloração azul quando sai líquido da tubera.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).