domingo, 27 de dezembro de 2015

Erytroxyllum coca

Planta indígena da Bolívia e Perú
Partes usadas: folhas
Composição química: A folha de coca contem tanino, uma substância aromática volátil denominada igrina e diversos alcaloides: a isococaina, a cinnamilocaina, a cocaína, a cocamina, a hemocaina e a truxylina todos derivados da ecgonina

Propriedades terapêuticas: Antispasmódico e calmante, tônico restaurador do sistema nervoso. Excitante geral e estomáquico. Empregado na dispepsias dolorosas contra acesos gástricos e vômitos incoercíveis. Igualmente usada no tratamento da neurastenia e nas convalescenças de moléstias infecciosas. Externamente é usada em gargarejos nas afecções bucofaringeas, estomatites, etc.
Posologia: 1 a 2 grs 3 vezes ao dia. Externamente 10grs para 500ml de água (infuso ou decocto) para gargarejos.
Preparações oficinales: Extrato fluido, extrato mole, tintura, xarope e vinho.

Cochlearia

Cochlearia officinalis – Cruzífera da Europa
Parte usada: Folhas e sumidades floridas
Composição química: A cochelearia contem uma glucoside análoga a sinigrina, a qual por cisão enzimática põe  em liberdade um composto essencial sulfurado o isothiocyanato de butila secundário, de cheiro especial
Propriedades terapêuticas: Adstringente e poderoso antiescorbútico e estimulante da nutrição. Externamente é empregada como tônico gengival bastante recomendado na higiene da boca e dos dentes.
Posologia: de 8 a 10grs, por dia
Xarope de Cochleria
Extrato fluido............................... 50 c.c.
Xarope simples........................... 950 c.c.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

sábado, 19 de dezembro de 2015

CHIMAPHILLA UMBELLATA

Chimaphilla corymbosa , Pinela umbellata – Ericacea

Partes usadas: Folhas

Propriedades terapêuticas: Poderoso diurético, tônico e adstringente reumatismo, afecções nefríticas, hidropsias acompanhada de desordens digestivas, escrófulas e afecções das vias urinarias. Tem sido empregada com êxito no tratamento da diabetes, havendo casos de cura radical. Para esse tratamento é aconselhado medicação mista com arsênico

Posologia: 4 a 6 grs a cada vez, 2 a 3 vezes ao dia.

CIMICIFUMA RACEMOSA
Erva de São Cristovão

Partes usadas: Rizoma com raízes


Composição química: Contem cimicifugina, tanino e resinas diversas.

Propriedades terapêuticas: Estimulante, expectorante, sedativo, antiespasmódico e emenagoga. Aconselhado na clorea, afecções reumáticas, dores de cabeça e hipocondria. Tem sido empregada como sucedâneo da digitális.

Posologia: 0,25 a 0,50, 3 a 4 vezes por dia.

Preparações oficiais: Pó, tintura, extrato mole e decoto.

CIPÓ CARIJÓ
Davilla brasiliensisDavilla rugosa. Dilleniacea brasileira, muito comum em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e outros estados.

Parte usada: Folhas e raiz


Propriedades terapêuticas: As folhas são empregadas com os melhores resultados nas inflamações dos testículos (orchites) devido a blenorragia ou outra qualquer causa, no tratamento das ulceras densas e limfatites, sobre a forma de banhos. A raiz é purgativo enérgico, na dose de 2 grs de pó.

Posologia: Externamente, extrato mole ou pomada 2 a 3 para ao dia; banhos e loções com decoto na proporção de 40 a 50 gotas por litro de água.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

Castanha de Bugre

É vulgarmente denominada Castanha de bugre a Feuillea Passiflora de Veloso, a qual provavelmente por erro de imprensa, figura com o nome Fevillea. Também chamada pelo povo Jatobá, Castanha Mineira, Fruto amargoso, Nhandiroba, ou Cipotá.
É encontrada nos arredores do Rio de Janeiro, Minas, Espirito santo, São Paulo, Bahia e Pernambuco.

Trata-se de uma trepadeira, que a primeira vista , muito se assemelha ao maracujá grande. Passiflora alata, derivando-se dessa semelhança o nome científico, dado pelo botânico Manso.
Muitas vezes o caule atinge 8 cm de diâmetro. Os ramos trepadores tem 2 e mais centímetros de diâmetro, a superfície um tanto rugosa e são tecidos como as ramagens do maracujá. O fruto é grande; toma geralmente o matamnho de uma laranja; é oval arredondando e muito parecido com o chamado abacate do mato, fruto de uma Salacia, (Salacia brachypoda, Peyr) muito comum nas matas do Trapicheiro, Capital Federal.
As sementes de Jatobá são usadas no sertão contra moléstia do fígado e do estômago.
Os sertanejos empregam a infusão de uma semente contusa para 300grs de água, as chácaras de 2 em 2 horas, sobretudo para combater as dispepsias.
A emulsão de uma ou duas amêndoas contusas, com açúcar e água é aplicada, como purgativo, nas moléstias do fígado, principalmente nas hepatites.
As sementes são também utilizadas para combater as cólicas dos muares: 4 sementes contusas para uma dose.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 e 1941 – As Cucurbitáceas Brasileiras. Gustavo e Theodoro Peckolt.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Abobrinha do mato

Trianosperma diversifolia, Cong variedade quinquepartida
Habitat Mata Atlântica.É uma grande trepadeira, de folhas pilosas, quinquelobada. Apresenta a inflorescência em panículas de flores muito pequenas e amareladas. O fruto é ovoide de cor vermelha, pequeno.
Habita os estados do espirito santo, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro
O povo usa os frutos, bem desenvolvidos, porém ainda verdes, como específico de diabetes. A formula empregada é: frutos verdes 30 grs
Entrecasca de cajueiro 60 grs água 1 litro.
Ferva até ficar reduzido a metade; deixe em repouso por 12 horas; coe e junte água para refazer um litro.
É usado na dose de um cálice de 4 em 4 horas.
Os frutos verdes não são aromáticos; contusos espalham um aroma forte, desagradável, picante; o sabor é amargo, acre, nauseoso.

Trianosperma Martiana, Cong
É mais conhecida como Taiuya de pimenta e por abobrinha do mato.
É uma grande trepadeira, de folhas longamente pecioladas, palmadas, tri, quinque e septi-partida e pilosa.
O fruto é redondo, de 8 milímetros de diâmetro, cor vermelha carmesim, quando maduro.
A composição química da raiz desta planta é semelhante a da Trianosperma diversifolia, Cogn.
Os frutos contem trianospermina e taiuina nas mesmas porcentagens.
A raiz é carnosa suculenta de casca pardacenta e rugosa; na parte interna, é fibrosa, amarelo clara, tornando-se mais escura em contato com o ar. Tem aroma desagradável de quijo-velho, principalmente ao secar. O sabor é muito amargo e desagradável.
O cozimento é preparado com 16grs de raiz, para ½ litro de coadura, é aplicado contra a sífilis e a escrofulose, na dose de uma colher das de sopa, 3 vezes ao dia. Como purgativo é drástico, emprega-se na dose de um cálice de 15 em 15 minutos. Na hidropisia e na anasarca, emprega-se o cozimento de 250grs de raiz seca, para 2 litros de água que se reduzem pela fervura a um litro, é usado aos cálice de duas em duas horas., paara provocar abundantes evacuações.
A alcoolatura da raiz de taiuiá é empregada como tônico e estomacal; 3 a 8 gotas, três vezes ao dia. Na dose de 10 a 15 gotas, aplica-se como alterante. Serve de purgativo drástico na dose se um cálice, de 3 em 3 horas. Em tais afecções, é empregado ainda, com grande proveito, o vinho com iodureto de mercúrio.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora Brasileira. Theodoro e Gustavo Peckolt

Capsicum annuum

Parte usada: Fruto

Composição química: Capsicina ( alcaloide liquido possuindo cheiro de conina e Capsaicina, substancia cristalizável incolor, as quais deve suas propriedades medicinais
.
Propriedades Terapêuticas: Excitantes e estomáquica. Recomendado no tratamento do delium tremese empregado com sucesso na pneumonia dos alcoólicos, com delírio, na gastrite crônica. Usado contra hemorroidas. Provoca um aumento dos sucos salivares e gástrico. Ativa os movimentos peristálticos do intestino. Combate com sucesso a dispepsia atônica e a mania. Externamente é empregado como resolutivo muito eficaz e sedativo local nas nevralgias, pleurodineas, etc.
Posologia: 50 centigramas a 1 gr em água.

Cereja da Virgínia
Cereja da virginiaPrunus serotina, L.  Rosácea da América do Norte
Parte usada: casca
Propriedade terapêutica: Tonico e sedativo do sistema nervoso. Empregado nas moléstias em que a fraqueza do estomago ou de todo o sistema se liga a uma irritação local ou geral; indicado também na secreção catarral bronco-pulmonar e na tísica.
Posologia: 4 grs ao dia


Chagas de São Sebastião
Monstera pertuso – Dracotium pertusun Aracea
Parte usada: Caule e flores
Propriedades terapêuticas: Planta ainda mal conhecida em suas virtudes terapêuticas. O decocto das folhas é usado em banho no tratamento das adenites, tumores do seio, orquites e feridas de mau caráter. Outra ação muito aproveitada é a combater as dores reumáticas, sobretudo nas inflamações das articulações. Em lavagem popularmente utilizada nas moléstias do ouvido, nariz e nos corrimentos vaginais.
Posologia: 50grs para um litro de água externamente.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

sábado, 5 de dezembro de 2015

Anisospema Passiflora Manso e Cipó Azougue

Encontrada nos estados da Bahia, Pernambuco, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em cada estado um nome diferente. Nhandiroba coruptelas do nome tupi Nhandy-yroba: fruto amargo, óleo de Jandyroba e Gendyroba: óleos amargos. Cipotá: grande planta trepadeira. Castanha de bugre: castanha indígena. Aqui Jatobá, o fruto Castanha de Jabotá, talvez também de origem tupi.

Planta nativa de Mata Atlântica.

Planta que trepa em árvores alta, com folhas grandes inteiras ovais, de cor verde brilhante o pedúnculo da inflorescência masculina tem 7 cm de comprimento, as flores são de cor branca-amarelada pequenas; o pedúnculo das flores femininas é curto e grosso e são de cor verde-amarelada. Fruto oval, levemente triangular, liso, verde-claro, 4 ½ cm de comprimento, 1 ½ cm de diâmetro, semente branca de sabor amargo nauseante. O povo aproveita apenas a semente. O albúmen moído com quantidade igual de açúcar, recomendado contra a dispepsia na dose de 8 grs antes das refeições; 3 a 4 vezes por dia 10grs contra flatulência e afecções intestinais.
Uma a duas colheres das de sopa como purgativo, ou ainda uma emulsão de 3 a 4 albumens. Para animais, cavalos, muares, 8 a 10 albumens.
O óleo é extraído dos albumens em cozimento com água, tem cor parda-amarelada, de sabor desagradável, nauseante, e é aplicado em ficções contra erisipelas e doenças de pele.

Cipó Azougue

É assim vulgarmente chamada uma planta trepadeira, a Apodanthera smilacifolia, Cong, também conhecida como Azougue dos pobres, que cresce em geral nas matas virgens, no alto dos morros.
Em Cantagalo, estado do Rio de Janeiro, onde a colhemos e planta muito vulgar.
É uma trepadeira cujas ramagens apresentam cera de 10m de comprimento, entrelaçando-se entre os arbustos. O diâmetro do caule apresenta aproximadamente a dimensão de ½ - 1 centímetro.
Planta nativa de Mata Atlântica.

É rugoso esse caule, de cor, cinzento esverdinhada externamente; na parte interna é colorido de amarelo pálido. Tem sabor muito semelhante ao do taiuiá (Trianosperma tayuyá) e um aroma particular, parecido com o do queijo velho, sobretudo alguns dias depois de colhido, quando começa a secar.
Os ramos novos deste vegetal, que tem 3-9 milímetros de diâmetro, são verde-claros, muito flexíveis e fortes; têm sabor amargo, pouco pronunciado mas um tanto nauseante.
As folhas são curtamente pecioladas, membranáceas, opostas, alternando com as gavinhas, oblongas ou oblongas-lanceoladas, agudas tendo os bordos dentados e espionhosos espaçadamente; são lisas em ambas as faces e coloridas de verde-claro e lustrosas na superior; a face inferior é de um verde muito pálido, esbranquiçado. Essas folhas tem as dimensões de 8 a 20 cm de comprimento, sobre 4 a 10 de largura, na parte mediana.
A inflorescência é em racimos compostos de muitas flores masculinas, mui pequenas, quase sesseis, com o cálice tubular de 3 a 4 cm de comprimento.
Desta planta são udsadas as folhas, as hastes e as raízes; sobretudo as raízes são frequentemente empregadas, por serem consideradas mais ativas.
A infusão é preparada com as hastes e as folhas, na proporção de 10 para 100 de água a ferver.
A tintura propriamente do cipó, hastes e folhas, é feita na proporção de 1 para 5 de álcool de 89%
O cozimento do cipó é feito na proporção de 20 partes para 300 de coadura. As formulas mais aplicadas e mais eficazes são a infusão e o cozimento da raiz, seguidas de alcoolatura da raiz. São empregadas como depurativo e alterante.
A raiz do cipó azougue é considerada útil em todas as moléstias da pele, simples ou de fundo sifilítico e artrítico. É mesmo reputada como específico da sífilis.
Na terapêutica indígena são empregados o extrato fluido, o xarope e o cozimento da raiz.
Externamente o cipó azougue usado em cozimento, para banhos, nos casos de sarna e outras dermatoses de crianças.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 e 1941 – As Cucurbitáceas Brasileiras. Gustavo e Theodoro Peckolt.

domingo, 29 de novembro de 2015

Cato e Caulophyllum

Mimosa Catechu,; Leguminosa da Índia e do Ceilão

Parte usada: Extrato seco da planta


Composição química: O Cato encerra os seguintes princípios: Ácido Cateclutanico, Cathechina, traços de quercetina e vermelho de Catechu (matéria corante)

Propriedade terapêutica: Excelente tonico amargo e adstringente. Util na atonia e fluxo do tubo digestivo. Excita o apetite e combate as diarreias, disentéricas e hemorragias uterinas. Modifica os catarros bronquiais úmidos. Empregado na leucorreia e blenorragia internamente e externamente em infecções. Como tonico adstringente é aconselhado nas anginas e estomatites. Dá bons resultados em bochechos ou gargarejos no estado fungoso das gengivas com mau hálito, escorbuto, aftas, e nas faringites. Gosa de propredades estypticas e hemostáticas.

Posologia: Internamente 0,50 a 2,0 por dia. Externamente 10 a 30 para 500c.c. de veículo.

Preparações oficinais: Pó, Infuso, Tintura, Xarope, Pastilhas


Caulophyllum
Caulophyllum thalietroides, Leontices thalietroides Berberidacea originaria da América do Norte.
Planta Nativa da América do Norte.

Parte usada: Rizoma


Composição química: Contem principalmente Caulophylina, resina, saponina, etc.

Propriedades terapêuticas: Estimulante, emenagogo, sudorifico, antiespasmódico, tonico diurético. Aconselhado nas moléstias chronicas do útero

Sinomia: Blue Cohose, na América do Norte.

Posologia: 1 a 3 grs nas 24hs.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

Feuillea Trilobata. L.

Nos estados compreendidos entre 7º e 24º de latitude sul é também denominada Fava de Santo Inácio, talvez em consequência do sabor amargo apesar de não ter nenhuma semelhança com a planta anterior; nos estados do norte é chamada Noz de serpente.
Planta trepadeira, pilosa em todas as suas partes, com folhas de 3 a 5 lobos obtusos. Flores de cor amarela, as masculinas em panículas as femininas separadas raramente em pares. Fruo arredondado, com 9 cm de diâmetro com casca resistente de 2mm de grossura, com 6 a 12 sementes redondas, tão juntas que formam uma bola de 4 ½ cm de diâmetro, sem a casca o fruto tem um sabor amargo forte.
Em Cantagalo encontrei quase que exclusivamente a variedade Tomentosa Cogn. A qual tem um tomento cinzento e possue folhas com 3 lobos obtusos. As experiências com os albumens foram publicadas no ano de 1862 no “Archiv. Der Pjharmacie pelo Dr, Bley. Ainda mencionei alguns tarbalhpos do ano seguinte com respeito as sementes.
A gordura, que tenciono mandar ao Prof. Dr. Thoms, e se encontra na minha coleção, após tantos anos não acusa alteração alguma.
A substancia amarga, Feulina se obtém, extraindo-a por meio de álcool das sementes desengorduradas, dissolvido o liquido em água acidulada com ácido acético, a solução tratada pelo acetato de chumbo e filtrada é reduzida a pequeno volume pela evaporação é agitada com éter, clorofórmio e éter; vaporizada, agora com álcool amilico até a secura é em seguida tratada pela água até ficar sem sabor e com solução tânica afim de torna-la límpida.
As sementes são aplicadas pelo povo contra as mordeduras picadas de escorpiões e vespas, como também em casos de envenenamento vegetal, especialmente com água de mandioca, extraída da espécie Minihot utilíssima. O envenenamento por esse meio, em pessoas, é possível apenas em casos de suicídio, como contra veneno aplicam-se cinco albumens em emulsão com meia garrafa de água, para ser tomada uma colher das de sopa de 15 em 15 minutos.
Para animais esse caso acontece mais vezes e se aplica 20 a 24 albumens em água, para serem dados em quatro vezes. Tive ocasião de observar em uma fazenda um animal envenenado, de ventre volumoso. Tremia e parecia espantado, o fazendeiro aplicou logo 24 albumens, e repetiu a mesma dose no dia seguinte. No terceiro dia desapareceu a inchação por completo e normalizou-se o estado de saúde do animal.
Atribui-se esse efeito tão rápido e favorável a qualidade purgativa do vegetal, e é de se supor terem os mesmos resultados em qualquer outro envenenamento vegetal, mesmo não demonstrando os mesmos sintomas.
Empregam também triturado com açúcar, dividido em oito porções, uma porção 3 a 4 vezes ao dia, contra amarelão. Flatulência e afecções dos rins causadas pela febre amarela. O povo prepara o óleo, cozinhando as sementes em água, o qual tem cor cinzenta e sabor amargo desagradável e é dado as crianças, as colheres de chá como antelminthico; e em fricções contra o reumatismo.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora Brasileira. Theodoro Peckolt.

domingo, 22 de novembro de 2015

Sicyos marth, Cogn

Sicyos marth, Cogn
É conhecida como Curuba no estado de Pernambuco, o seu nome popular nos estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro é Pepino do Mato.
Vulgarmente conhecida como Pepino do Mato

Panta cipó, com folhas de dois lobos obtusos, triangulares e denteados. Flores de cor amarela, sendo que as masculinas estão dispostas em cacho.
Fruto comprido, em forma de ovo, com 6cm de comprido, no centro 4 ½ de diâmetro verde claro, com pequenas manchas redondas de cor avermelhada: smentes chatas de 5mm de comprimento.
O fruto tem sabor e cheiro de pepino e também é consumido como tal. Os frutos socados e macerados com álcool e água, partes iguais, serve as mulheres como loção para o cabelo.
Encontrei no fruto: óleo gorduroso, ácido resinoso, albumina, glucose mucilagem.

Sicyos quinquelobatus, Cogn
Nos Eatdos de Alagoas, Espírito Santo, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro é conhecida sob o nome popular de Melancia de cobra e ainda Pepino miúdo do mato.
Muito encontrada nas plantações de café, tem folhas com 5 lóbos obtusos, flores pequenas brancas, as masculinas em cachos e as femininas isoladas. O fruto tem forma de azeitona, verde escuro, manchado, sem cheiro, com sabor de pepino, motivo pelo qual é consumido como conserva.
O fruto contém: óleo gorduroso, ácido resinoso, albumina, glicose, mucilagem e cinzas contendo manganês.
O óleo gorduroso é verde assim como o acido resinoso, não tem cheiro nem sabor. O decocto das folhas é empregado em clisteres no catarro intestinal e hemorroidas.

Sicidium monospermum, Cogn
Conhecida npo Rio de Janeiro como fava de Santo Ignácio.
Planta cipóPlanta cipó, com folhas grandes e triangulares Flores de cor amarelo-claro, papilhosas, as flores masculinas são encontradas em panículas e as femininas isoladas, raramente aos pares.
O fruto tem apenas uma semente, de cor cinzento clara de 8cm comprimento 5 ½ cm de largura no centro, tem um bordo de 8mm de largura dando a impressão de uma aza. Sementes de cor cinzenta, quase redonda de sabor amargo nauseabundo.
O albume seco pesa 3,776 grs e fornece: óleos graxos consistentes, de sabor desagradável e rançoso. O albume em emulsão é aplicado em casos de constipação e flatulência. Como drástico tomam-se dois albumens com açúcar. No caso de hidropisia tomam-se três sementes diariamente.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora Brasileira. Theodoro Peckolt

Castanha Mineira


Anisosperma passiflora, Curcubitacea brasileira

Parte da planta: Semente ou castanha, que dá também um óleo amargo sebáceo ou resinoso, fortemente estomáquico, drástico ou emético, segundo a quantidade em que é ingerido.

Propriedades terapêuticas: Tonico amargo laxativo e anti dispéptico. Empregado na inapetência, más digestão, dispepsias gastro-enterites. Em dose elevada atua como laxativo e cholagogo.
Curcubitacea brasileira

Segundo o Dr. J. R. Monteiro da Silva a castanha Mineira é para evitar desarranjos gástricos, a medicina popular descobriu um cipó, que dá uma castanha, cheia de amêndoas. É tão conhecido o seu efeito sobre as dispepsias que os viajantes levam consigo uma ou mais sementes, que tomam raspando um pouco em meia chicara de água fervendo ou na aguardente, logo que começam a sentir qualquer novidade no estomago. As amêndoas contem uma substância oleaginosa muito amarga, empregada com resultado esplendido na icterícia, constipação do ventre e atonia gastro-intestinal. A substância em questão é tão ativa que combate até azia.
Tem também ação salutar nos ingurgitamentos do fígado e muitos equiparam o seu efeito sobre essa víscera ao dos calomelanos. E tem-se observado que com o seu uso o volume do fígado diminui e os doentes deixam de sentir dores e peso sobre esse órgão. Nas flatulências tem uma ação especial auxiliando as digestões; evita as fermentações e, por conseguinte, a formação de gazes. A melhor forma de se usar a castanha mineira é em tintura e extratos.

Pode-se usar uma colherinha de tintura ou 20 gotas de extrato fluido, em um cálice de água ou de vinho, antes das refeições. Esta dose favorece a digestão, combate a inercia do intestino, produzindo um pequeno desembaraço de ventre, tão necessário aos que sofrem atonia intestinal. “Como purgativo nas moléstias do fígado, emprega-se a dose de 10 a 20grs de tintura ou 2 a 4grs de extrato fluido. Quem sofrer de dispepsia gastro intestinal, sobretudo de atonia, que traz peso no estomago, sonolência, as vezes tonteiras e nervosismo, basta usar 10 a 20 gotas de tintura ou 2 gotas de extrato fluído, em um pouco de água, logo que sentir qualquer perturbação gástrica que ficará imediatamente aliviado.

Posologia: 5 a 10 gotas por dia como antidispeptico;
                   1 a 20 gotas como laxativo e colagogo
                    2 a 4 grs como purgativo.

Preparações oficinais: Extrato fluído, tintura


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Echinocystis Muricata, Congn , Sicyos polyacanthos, Congn.


Echinocystis Muricata, Congn.

Nativa de Mata AtlânticaConhecida nos Estados do Ceará, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, pelo nome popular de Cabacinha de espinho.
Planta cipó, trepadeira de folhas quase redondas, de 3 a 5 lobos, dentadas. Inflorescência masculina comprida e em cachos; as femininas aos pares.
Os frutos, com espinhos, tem 5 cm  de comprimento, por 2 cm de diâmetro; sementes pequenas de cor parda.
A raiz na dose de 4 grs. Serve como purgativo. A emulsão das sementes tem fama de diurético.
A mesma denominação tem a Cyclanthera quiquelobata Cong. Nos Estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, que apresenta pequenos frutos espinhosos.

Sicyos polyacanthos, Congn.

Nativa de Mata AtlânticaNos estados compreendidos entre 21 a 30º de latitude sul é chamada Pepino Colibri, nos Estados do Sul conhecida como Pé de macaco.
Planta rasteira com folhas dentadas. Flores masculinas em panículas e as femininas em capítulos, ambas de cor vermelha.
Fruto do tamanho de um ovo de colibri, verde escuro, com pontos brancos; dentro da polpa sucosa se encontra um grande número de sementes, de cor branca amarelada.
São os únicos frutos das Cucurbitáceas brasileiras aproveitáveis para consumo, adicionadas às conservas.
O decocto das folhas serve de diurético.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora Brasileira. Theodoro Peckolt.

Cascara Amara, Cascarilha e Casemiroa Eduli

Cascara Amara
Picraramia antidesma, Rutacea da América Central.
Nativa da América Central.Parte usada: Cascas
Composição mquíica: entre outros princípios a picramina (alcaloide)
Propriedades terapêuticas: Tonico prodigioso, estomáquico e febrífugo. Aconselhado no tratamento da tuberculose sifilítica e na sífilis secundária em que os sintomas desaparecem logo e a ação tônica é notável. É ainda aconselhada como estimulante do sistema excretor aumentando ao apetite e combatendo a prisão de ventre. É também indicada no reumatismo gonorreico.
Posologia: 0,50 a 0,40 grs, 3 vezes ao dia.
Xarope de Cascara Amara
Extrato fluído...........................30c.c.
Xarope simples.........................970c.c.

Cascarilha
Nativa das Ilhas BahamasCroton eleuteria – Euphobiacea, originaria da Ilha das Bahama e de outras ilhas das Antilhas.
Parte usada: Cascas
Composição química: A cascarilha contem principalmente: duas resinas das quais uma acida outra neutra; um princípio amargo a Cascarillina e óleo essencial.
Propriedades terapêuticas: Tonico excitante, diaforético e antiemetico.
Empregado na diarreia, febre intermitente, dispepsia, cólicas flatulentas e como excitante da secreção gástrica e das fibras do estomago. Indicada com os melhores resultados na atonia gástrica e hidropsia.
Preparações oficinais: Pó, Extrato fluído, tintura, extrato mole, xarope.
Xarope de Cascarilha:
Extrato fluído....................................50c.c.
Xarope simples.................................950c.c.
Posologia – 1 a 4 grs por dia.

Casemiroa Edulis
Rutacea, originaria do México
Nativa do MéxicoPartes usadas: Sementes
Propriedades terapêuticas: Analgésico e hipnótico. Aconselhado como vulnerário pela Farmacopéia Mexicana. Muito utilizada nos casos de insônia. A Casemiroa produz sono tranquilo e reparador, semelhante ao sono normal. Sua ação é eficaz contra qualquer insônia. Não tem ação tóxica, nem provoca fenômeno psicótico algum.
É empregada com reais vantagens como analgésico, nevralgias, dores reumáticas e em todas as manifestações de origem nervosas.
Posologia 0,50 a 2,0 por dia

Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Calumba, Calumba do Brasil e Cardo Santo

Calumba
Jateorhiza palmata, Minispermácea
Cresce na África e em Madagascar é cultivada em países de clima tropical.
Planta Africana
Parte usada: raiz
Composição química: Columbina ( princípio amargo cristalizável) ácido columbico e columbanina, alcaloide e um óleo essencial aromático.
Propriedades terapêuticas: Tonico e estomáquico poderoso, empregado na atonia do tubo intestinal e na diarreia. Muito empregado na anorexia, embaraço gástrico, nas afecções escrofulosas.
Posologia: 1 a 4 grs por dia
Preparações oficinais: Extrato fluído, extrato mole, pó, vinho, xarope, tintura, infuso.
Vinho de Calumba
Extrato fluído...................................30c.c.
Vinho branco....................................970c.c.

Calumba do Brasil
Simaba calumba, Riedel, Rutacea brasileira
Propriedades terapêuticas: Tonico, estomáquico e febrífugo. Emrpegado na cura das dispepsias e febres periódicas; e externamente no prolapso do reto, assim como na cura das feridas.
Posologia: 0,5 a 1,0 por dia.

Cardo santo    
Centaurea benedicta, L. Composta. Planta anual da Europa.
Parte usada: Planta florida
Composição química: Contém principalmente um princípio amargo cristalizável a cnicina descoberta em 1841.
Propriedades terapêuticas: É empregado como tônico e so bretudo como antifebril e estomáquico
Posologia: 2 a 4 gr nas 24hs.
Preparação oficinais: Extrato fluído, extrato mole, Infuso e tintura.
Com o nome vulgar de Cardo santo é também conhecida  Argemone mexicana, L. vulgarmente chamada papoula espinhosa e Cardo Santo do México, família das Papaveraceas

Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

Trianosperma diversifolia e Perianthopodus espelina

Trianosperma diversifolia, Cogn.
Conhecida popularmente com o nome de Tayuya miúda ou Abobrinha do mato.
Grande planta rasteira de grande extensão, com folhas vilosas, no começo com pelos macios que endurecem depois, com 5 e raramente 7 lobos, sendo inteiras as folhas terminais dos ramos secundários. Inflorescência panicular, andrógina, multifloral com
pequenas flores amaralo-esverdeadas. Frutos pequenos, ovoides, vermelho vivo de cereja, 18mm de comprimento por 12mm de grosso. A raiz carnosa castanho clara, não é tão grossa mas é consideravelmente mais comprida do que a de Trianosperma Martiana, e igualmente apreciada como medicamento e usada nas mesmas doses. Os frutos já completamente desenvolvidos, mas ainda não maduros têm fama de curar a diabetes. Tomam-se 30 grs de frutos verdes que se pisam e aos quais se juntam 60 grs de casca de caju (Anacardium occidentale) e coze-se tudo junto durante um quarto de hora. 12 horas depois côa-se, junta-se água até completar 1 litro e toma-se 3 vezes por dia um cálice cheio. Os frutos verdes não tem cheiro, mas pisados cheiram mal e tem um gosto picante, amargo e nauseante.

Perianthopodus espelina, Manso
Planta encontrada nos estados de Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. O nome popular é Espelina em Minas Gerais chama-se Tomba.
Planta secaPlanta cipó, rasteira, monoica com raiz perene, folhas lineares, com 3 lobos obtusos. Flores de cor branca, sendo as masculinas maiores que as femininas. Frutos compridos, carnosos, brilhantes e de cor amarelo-vermelha, com 21mm de comprimento e 11mm de grossura. Sementes achatadas, de cor branco-acinzentada, com semente branca amarelada, de sabor acre, não são aproveitadas nem as sementes nem as folhas.
A raiz é um remédio reputado como tônico e drástico, principalmente nos casos de histeria, histeralgia e afeções espasmódicas.
Como tônico usa-se 0,1 a 0,05 do pó da raiz ou tintura (1:5) quatro gotas em cada refeição. Em ataques histéricos usa-se 4 gotas, 3 a 4 vezes por dia, diariamente aumentando todos os dias uma gota.
Como drástico 0,2 a 0,5 do pó da raiz ou um decocto de quatro gramas da raiz para 120 c.c. de água, tomado de uma só vez.
A raiz fresca amarela é de cheiro ativo e desagradável quando seca. As raízes oferecidas no comércio tem 15 a 20 cm de comprimento 2 a 3 cm de diâmetro, secas, redondas, com casca lisa de cor branca, fácil de pulverizar, As raízes secas não tem cheiro, e seu sabor é nauseante e amargo


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora Brasileira. Theodoro Peckolt.