sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Guaraem é árvore medicinal brasileira.

Árvore de Guaraem

Guaraem é a Pradosia lactescens, Rachl é a casca doce ou ibiraés ou, ainda a Ymyraeem dos selvagens, que foi transformado em Buraem ou Guaraem pelos civilizados. Diz-se que é uma planta muito lactescente, o que não é verdade; de sua entrecasca, quando ferida, exsuda um ligeiro suco glutinoso, levemente lactescente e que se coagula rapidamente mesmo dentro do golpe.
Os seus frutos são muito parecidos com os que vulgarmente se chamam Bacupari miúdo. É uma planta bastante comum dos arredores da Capital Federal, no alto das matas e geralmente numa altitude de 300metros mais ou menos. Encontra-se também nos Estados do Rio de Janeiro, Minas, Espirito Santo e São Paulo.
As árvores de Garaem que tempos encontrado nas nossas florestas são geralmente de 25 metros de altura sobre 25 a 30 centímetros de diâmetro, de ramos tortuosos, de casca de cor ferruginosa, coberta de maculas de um amarelo ocre, deixando desprender pequenas manchas da epiderme, como se dá com o caule a cicatriz em forma de maculas amareladas, que vai depois escurecendo até tomar a cor natural da casca.
Esta casca é lisa e macia e acha-se intimamente ligada à entrecasca, que é dura, de cor branca, levemente arroxeada e de sabor doce, agradável de alcaçuz, e logo depois levemente áspera, quando fresca.
As folhas são opostas, ovais, arredondadas, de 5 a 7cm de comprimento sobre 3cm de largura, com o pecíolo de 132-18cm de diâmetro; são lisas, verde escuras, lustrosas como se fossem envernizadas, variando de dimensões no mesmo ramo, de modo a encontrarem-se muitas vezes folhas de 5 cm comprimento ao lado de outra de 7 cm.
Na terapêutica empregam-se as cascas da árvore, as quais, quando secas, são duras como couro e de cor pardacento escura.
São usads como tônico, anti-disentérico, adstringente, anti-catarral e anti-hemorroidal.
O extrato aquoso dessas cascas é muito conhecido também em formulários estrangeiros com o nome de Monesia, aliás, também dado à casca, e considerado um dos melhores remédios para curar as disenterias e os catarros crônicos, sendo a sua ação pronta e rápida.
É planta oficinal na farmacopeia de alguns países.
Hoje está árvore é uma frutífera de Mata Atlântica raramente encontrada.

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal  autor Gustavo Peckolt

sábado, 17 de novembro de 2012

As árvores medicinais, Anda Assú e Pao Pereira


Anda Assú
Johannesia princeps, Vellozo

É o que vulgarmente é chamado de Fruto de cotia e que cresce nas matas dos arredores do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas, São Paulo, Pará e Bahia.
Esta árvore é mais comumente encontrada nas proximidades das costas. Não é grande árvore; alcança geralmente 10-15m de altura. Tem a casca lisa, acinzentada ou esverdeada; a entrecasca é branca e contém um suco aquoso ligeiramente lactescente e transparente.
Anda Assú
As folhas são alternadas, com um longo pecíolo e acham-se divididas em 5 folíolos parciais, curtamente peciolados, ovais acuminados , de face superior verde luzidia e de face inferior de um verde mais claro.
A inflorescência acha-se na extremidade dos ramos, em panículas de pequenas flores esbranquiçadaS e levemente aromática.
 O fruto é do tamanho de uma pequena laranja, com o envoltório externo carnoso, rugoso, verde escuro e cheio de depressões, abrindo-se em 3 partes e com o endocarpo lenhoso, encerrado e sementes ovais brancas.
O principal emprego desta planta é feito das sementes ou do óleo gorduroso extraído delas, que é usado em substituição ao óleo de rícino, como purgativo brando e agradável; em doses menores é de maiores vantagens do que aquele.

Pao Pereira. All.
Geissospermum vellozil, Fr All

É uma árvore mais comum e conhecida no Brasil, encontrando-se em todos os herbanários as cascas do Pao pereira, como é ele conhecido pelos selvícolas, palavra de que se derivou a denominação atual e que significa “casca preciosa”.
Nos arredores do Rio de Janeiro, não se encontra mata alguma, no alto da serras, que deixe de possuir o Pao pereira. E também encontrado com abundancia nos estados de Minas, São Paulo, Bahia, Espirito Santo.
O Pao pereira ou Pereiroá, não é uma árvore elegante quando bem desenvolvida, mas quando novo, é de bonito aspecto, ereto, de casca pardacendo amarelada, de superfície farinácea. A entrecasca, amarelo-acre, desfaz-se em largas fibras papiráceas e tem sabor muito amargo, desagradável.
Os ramos acham-se sempre dispostos na parte superior, eretos e destacados, com as folhas alternas, ovais, lanceoladas e destacadas nos ramos, por causa da direção horizontal destes; são essas folhas coloridas de um belo verde-escuro, muito lustrosas, lisas e levemente onduladas.
A inflorescência acha-se em racimos extra-axilares, menores que as folhas e com as flores pequenas, coloridas de pardo.
Os frutos tornam-se notáveis, pela disposição divergente que tomam uns em relação aos outros, em sentido horizontal; quando maduros, são carnosos e da cor amarelo clara.
A entrecasca de Pao pereira é considerada como um dos melhores tônicos e antifebrifugos da flora brasileira.
É empregada para os mesmos fins que as cascas da Quina Peruviana.

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal –Gustavo Peckolt

sábado, 10 de novembro de 2012

As principais árvores medicinais do Brasil


Sicopira
Bowdichia virgiloides, H.B.K.

O nome por que é vulgarmente conhecida esta planta Sicopira, é uma corrupção de Sepo-pira, palavra indígena, que significa pro seus elementos (sepo=raiz, pira=peixe), raiz para o peixe.
Cresce esta planta no Estado do Rio de Janeiro, Minas, Espírito Santo, Para, Mato Grosso, Amazonas e Goiás.
É uam árvore de 15-24m de altura, sobre 4 a 5 metros de circunferência, com a madeira de cor parda com pontos esbranquiçados e de peso específico igual a 1,092
Tem os ramos e os folíolos completamente lisos; o fruto é uma pequena vagem, conhecida pelo nome de faveiro e a semente é chamada fava de Sicopira.
Emprega-se na terapêutica a entrecasca da árvore e as cascas das raízes, consideradas como tônico e depurativo enérgico as moléstias da pele, impurezas do sangue, ulceras, reumatismo e sífilis. As sementes curam as dores reumáticas, em cocção em óleo e usadas em amuletos.

Óleo vermelho
Toluifera peruifera
Myrospermum myroxylon, Freire Alemão.

Casca óelo vermelho
O óleo vermelho, também chamado Árvore do bálsamo, é tido por uma das primeiras árvores das nossas florestas, por causa da importância, beleza e aroma de seu cerne, que é vermelho cor de tijolo e resinos
É encontrado nas nossas matas virgens, no alto da serra, ostentando um porte magestoso.
É abundante na Mata Atlântica.
O tronco, que atinge em geral de 20-30 metros de altura, pode alcançar a 6 metros de diâmetro.
A casca, camada tuberosa é grossa, regularmente gretada, de cor pardo-avermelhada, destacando-se com facilidade e deixando a descoberto forma uma casca de superfície granitosa, de cor amarelada ou esverdeada e, abaixo desta, o líber branco fibroso, papiráceo, contendo bastante resina.
Esta entrecasca, epla dissecação, deixa desprender aroma agradável de cumarina, um tanto balsâmico
O cerne é formado por um tecido compacto, de bela cor vermelha-clara e tijolo, de aroma fraco e balsâmico, quando seco. As folhas são compostas, tendo algumas vezes os folíolos alternos. O pecíolo comum é de 10-12 cm de comprimento, com os folíolos ovais-oblongos, agudos e em numero variável para cada folha. Todas as partes da planta são consideradas medicinais, a casca a entrecasca, a madeira e as folhas.
Da árvore obtem-se, por incisões, uma resina seca e um suco, óleo resinoso, chamado balsamo de óleo vermelho, balsamo ou balsamo peruviano.
A resina seca possui propriedades estimulante  anticatarrais e expectorante. O óleo resinoso, além de possuir estas mesmas propriedades, é usado externamente, nas moléstias de pele e nas úlceras crônicas.

 Bibliografia: Revista da Flora Medicinal.Gustavo Peckolt

domingo, 4 de novembro de 2012

Copaiba


Copaifera Langsdorffil, Desf.
Copaibeira

A Copaiba é a Copaiva dos nossos selvícolas, cujo nome se corrompeu até adquirir aquela forma COPAIBA, dizendo também Copahyba ou Copaibeira vermelha; é encontrada nas serras dos arredores da Capital federal, nos estados do Rio, Minas, São Paulo, Espírito Santo, Pará, Bahia, Ceará, Maranhão, Goiaz, Mato Grosso, etc.
É árvore mais conhecida pelo emprego medicinal, tanto no Brasil como no estrangeiro.
O seu caule alcança geralmente perto de 40 metros de altura sobre 40cm de diâmetro, nas florestas virgens e sempre no alto das montanhas que ela fica.
Na terapêutica emprega-se o suco extraído do caule, óleo resinoso, impropriamente chamado “óleo de copaíba”, como ótimo estimulante, anticatarral e antiblenorrágico.

Gameleira
Urostigma doliarium, Miq

É esta planta a Cupaúba-assú dos nossos índios conhecida também por Figueira branca, Cerejeira E Gameleira de purga.
O nome vulgar vem do enorme tronco desta planta presta-se ao fabrico de gamelas
É encontrada na capital federal e em quase todos os Estados do Brasil.
É uma árvore alta, de galhos bem grossos, sempre mais ou menos tortuosos e cujo caule alcança cerca de 20 ou mais metros de altura, sobre 2 metros de diâmetro; tem a casca grossa, dura, de madeira leve, branca e de tecido frouxo.
As suas folhas são grandes ovais, eliticas, regulando cerca de 15-30cm de largura, com o pecíolo grossos, aveludado e com os pelos de cor ferrugionosa. Tem flores monoicas.
O fruto é do feitio de um figo comum e quase do mesmo tamanho.
Na medicina emprega-se o suco leitoso da árvore, além de ser um magnífico antihelmintico, é considerado como específico da opilação
É também digestivo e purgante, podendo por suas faculdades digestivas, ser colocado ao nível do suco leitoso de mamão, Carica papaya e do jaracatiá,  Jaracatia dodecaphylla

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal "As dez genuinamente brasileiras mais úteis a flora medicinal do país. Dr Gustavo Peckolt