domingo, 27 de dezembro de 2015

Erytroxyllum coca

Planta indígena da Bolívia e Perú
Partes usadas: folhas
Composição química: A folha de coca contem tanino, uma substância aromática volátil denominada igrina e diversos alcaloides: a isococaina, a cinnamilocaina, a cocaína, a cocamina, a hemocaina e a truxylina todos derivados da ecgonina

Propriedades terapêuticas: Antispasmódico e calmante, tônico restaurador do sistema nervoso. Excitante geral e estomáquico. Empregado na dispepsias dolorosas contra acesos gástricos e vômitos incoercíveis. Igualmente usada no tratamento da neurastenia e nas convalescenças de moléstias infecciosas. Externamente é usada em gargarejos nas afecções bucofaringeas, estomatites, etc.
Posologia: 1 a 2 grs 3 vezes ao dia. Externamente 10grs para 500ml de água (infuso ou decocto) para gargarejos.
Preparações oficinales: Extrato fluido, extrato mole, tintura, xarope e vinho.

Cochlearia

Cochlearia officinalis – Cruzífera da Europa
Parte usada: Folhas e sumidades floridas
Composição química: A cochelearia contem uma glucoside análoga a sinigrina, a qual por cisão enzimática põe  em liberdade um composto essencial sulfurado o isothiocyanato de butila secundário, de cheiro especial
Propriedades terapêuticas: Adstringente e poderoso antiescorbútico e estimulante da nutrição. Externamente é empregada como tônico gengival bastante recomendado na higiene da boca e dos dentes.
Posologia: de 8 a 10grs, por dia
Xarope de Cochleria
Extrato fluido............................... 50 c.c.
Xarope simples........................... 950 c.c.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

sábado, 19 de dezembro de 2015

CHIMAPHILLA UMBELLATA

Chimaphilla corymbosa , Pinela umbellata – Ericacea

Partes usadas: Folhas

Propriedades terapêuticas: Poderoso diurético, tônico e adstringente reumatismo, afecções nefríticas, hidropsias acompanhada de desordens digestivas, escrófulas e afecções das vias urinarias. Tem sido empregada com êxito no tratamento da diabetes, havendo casos de cura radical. Para esse tratamento é aconselhado medicação mista com arsênico

Posologia: 4 a 6 grs a cada vez, 2 a 3 vezes ao dia.

CIMICIFUMA RACEMOSA
Erva de São Cristovão

Partes usadas: Rizoma com raízes


Composição química: Contem cimicifugina, tanino e resinas diversas.

Propriedades terapêuticas: Estimulante, expectorante, sedativo, antiespasmódico e emenagoga. Aconselhado na clorea, afecções reumáticas, dores de cabeça e hipocondria. Tem sido empregada como sucedâneo da digitális.

Posologia: 0,25 a 0,50, 3 a 4 vezes por dia.

Preparações oficiais: Pó, tintura, extrato mole e decoto.

CIPÓ CARIJÓ
Davilla brasiliensisDavilla rugosa. Dilleniacea brasileira, muito comum em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e outros estados.

Parte usada: Folhas e raiz


Propriedades terapêuticas: As folhas são empregadas com os melhores resultados nas inflamações dos testículos (orchites) devido a blenorragia ou outra qualquer causa, no tratamento das ulceras densas e limfatites, sobre a forma de banhos. A raiz é purgativo enérgico, na dose de 2 grs de pó.

Posologia: Externamente, extrato mole ou pomada 2 a 3 para ao dia; banhos e loções com decoto na proporção de 40 a 50 gotas por litro de água.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

Castanha de Bugre

É vulgarmente denominada Castanha de bugre a Feuillea Passiflora de Veloso, a qual provavelmente por erro de imprensa, figura com o nome Fevillea. Também chamada pelo povo Jatobá, Castanha Mineira, Fruto amargoso, Nhandiroba, ou Cipotá.
É encontrada nos arredores do Rio de Janeiro, Minas, Espirito santo, São Paulo, Bahia e Pernambuco.

Trata-se de uma trepadeira, que a primeira vista , muito se assemelha ao maracujá grande. Passiflora alata, derivando-se dessa semelhança o nome científico, dado pelo botânico Manso.
Muitas vezes o caule atinge 8 cm de diâmetro. Os ramos trepadores tem 2 e mais centímetros de diâmetro, a superfície um tanto rugosa e são tecidos como as ramagens do maracujá. O fruto é grande; toma geralmente o matamnho de uma laranja; é oval arredondando e muito parecido com o chamado abacate do mato, fruto de uma Salacia, (Salacia brachypoda, Peyr) muito comum nas matas do Trapicheiro, Capital Federal.
As sementes de Jatobá são usadas no sertão contra moléstia do fígado e do estômago.
Os sertanejos empregam a infusão de uma semente contusa para 300grs de água, as chácaras de 2 em 2 horas, sobretudo para combater as dispepsias.
A emulsão de uma ou duas amêndoas contusas, com açúcar e água é aplicada, como purgativo, nas moléstias do fígado, principalmente nas hepatites.
As sementes são também utilizadas para combater as cólicas dos muares: 4 sementes contusas para uma dose.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 e 1941 – As Cucurbitáceas Brasileiras. Gustavo e Theodoro Peckolt.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Abobrinha do mato

Trianosperma diversifolia, Cong variedade quinquepartida
Habitat Mata Atlântica.É uma grande trepadeira, de folhas pilosas, quinquelobada. Apresenta a inflorescência em panículas de flores muito pequenas e amareladas. O fruto é ovoide de cor vermelha, pequeno.
Habita os estados do espirito santo, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro
O povo usa os frutos, bem desenvolvidos, porém ainda verdes, como específico de diabetes. A formula empregada é: frutos verdes 30 grs
Entrecasca de cajueiro 60 grs água 1 litro.
Ferva até ficar reduzido a metade; deixe em repouso por 12 horas; coe e junte água para refazer um litro.
É usado na dose de um cálice de 4 em 4 horas.
Os frutos verdes não são aromáticos; contusos espalham um aroma forte, desagradável, picante; o sabor é amargo, acre, nauseoso.

Trianosperma Martiana, Cong
É mais conhecida como Taiuya de pimenta e por abobrinha do mato.
É uma grande trepadeira, de folhas longamente pecioladas, palmadas, tri, quinque e septi-partida e pilosa.
O fruto é redondo, de 8 milímetros de diâmetro, cor vermelha carmesim, quando maduro.
A composição química da raiz desta planta é semelhante a da Trianosperma diversifolia, Cogn.
Os frutos contem trianospermina e taiuina nas mesmas porcentagens.
A raiz é carnosa suculenta de casca pardacenta e rugosa; na parte interna, é fibrosa, amarelo clara, tornando-se mais escura em contato com o ar. Tem aroma desagradável de quijo-velho, principalmente ao secar. O sabor é muito amargo e desagradável.
O cozimento é preparado com 16grs de raiz, para ½ litro de coadura, é aplicado contra a sífilis e a escrofulose, na dose de uma colher das de sopa, 3 vezes ao dia. Como purgativo é drástico, emprega-se na dose de um cálice de 15 em 15 minutos. Na hidropisia e na anasarca, emprega-se o cozimento de 250grs de raiz seca, para 2 litros de água que se reduzem pela fervura a um litro, é usado aos cálice de duas em duas horas., paara provocar abundantes evacuações.
A alcoolatura da raiz de taiuiá é empregada como tônico e estomacal; 3 a 8 gotas, três vezes ao dia. Na dose de 10 a 15 gotas, aplica-se como alterante. Serve de purgativo drástico na dose se um cálice, de 3 em 3 horas. Em tais afecções, é empregado ainda, com grande proveito, o vinho com iodureto de mercúrio.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora Brasileira. Theodoro e Gustavo Peckolt

Capsicum annuum

Parte usada: Fruto

Composição química: Capsicina ( alcaloide liquido possuindo cheiro de conina e Capsaicina, substancia cristalizável incolor, as quais deve suas propriedades medicinais
.
Propriedades Terapêuticas: Excitantes e estomáquica. Recomendado no tratamento do delium tremese empregado com sucesso na pneumonia dos alcoólicos, com delírio, na gastrite crônica. Usado contra hemorroidas. Provoca um aumento dos sucos salivares e gástrico. Ativa os movimentos peristálticos do intestino. Combate com sucesso a dispepsia atônica e a mania. Externamente é empregado como resolutivo muito eficaz e sedativo local nas nevralgias, pleurodineas, etc.
Posologia: 50 centigramas a 1 gr em água.

Cereja da Virgínia
Cereja da virginiaPrunus serotina, L.  Rosácea da América do Norte
Parte usada: casca
Propriedade terapêutica: Tonico e sedativo do sistema nervoso. Empregado nas moléstias em que a fraqueza do estomago ou de todo o sistema se liga a uma irritação local ou geral; indicado também na secreção catarral bronco-pulmonar e na tísica.
Posologia: 4 grs ao dia


Chagas de São Sebastião
Monstera pertuso – Dracotium pertusun Aracea
Parte usada: Caule e flores
Propriedades terapêuticas: Planta ainda mal conhecida em suas virtudes terapêuticas. O decocto das folhas é usado em banho no tratamento das adenites, tumores do seio, orquites e feridas de mau caráter. Outra ação muito aproveitada é a combater as dores reumáticas, sobretudo nas inflamações das articulações. Em lavagem popularmente utilizada nas moléstias do ouvido, nariz e nos corrimentos vaginais.
Posologia: 50grs para um litro de água externamente.


Bibliografia; Catálogo de Extratos Fluídos dos Laboratórios Silva Araujo -Rio de janeiro - 1930

sábado, 5 de dezembro de 2015

Anisospema Passiflora Manso e Cipó Azougue

Encontrada nos estados da Bahia, Pernambuco, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em cada estado um nome diferente. Nhandiroba coruptelas do nome tupi Nhandy-yroba: fruto amargo, óleo de Jandyroba e Gendyroba: óleos amargos. Cipotá: grande planta trepadeira. Castanha de bugre: castanha indígena. Aqui Jatobá, o fruto Castanha de Jabotá, talvez também de origem tupi.

Planta nativa de Mata Atlântica.

Planta que trepa em árvores alta, com folhas grandes inteiras ovais, de cor verde brilhante o pedúnculo da inflorescência masculina tem 7 cm de comprimento, as flores são de cor branca-amarelada pequenas; o pedúnculo das flores femininas é curto e grosso e são de cor verde-amarelada. Fruto oval, levemente triangular, liso, verde-claro, 4 ½ cm de comprimento, 1 ½ cm de diâmetro, semente branca de sabor amargo nauseante. O povo aproveita apenas a semente. O albúmen moído com quantidade igual de açúcar, recomendado contra a dispepsia na dose de 8 grs antes das refeições; 3 a 4 vezes por dia 10grs contra flatulência e afecções intestinais.
Uma a duas colheres das de sopa como purgativo, ou ainda uma emulsão de 3 a 4 albumens. Para animais, cavalos, muares, 8 a 10 albumens.
O óleo é extraído dos albumens em cozimento com água, tem cor parda-amarelada, de sabor desagradável, nauseante, e é aplicado em ficções contra erisipelas e doenças de pele.

Cipó Azougue

É assim vulgarmente chamada uma planta trepadeira, a Apodanthera smilacifolia, Cong, também conhecida como Azougue dos pobres, que cresce em geral nas matas virgens, no alto dos morros.
Em Cantagalo, estado do Rio de Janeiro, onde a colhemos e planta muito vulgar.
É uma trepadeira cujas ramagens apresentam cera de 10m de comprimento, entrelaçando-se entre os arbustos. O diâmetro do caule apresenta aproximadamente a dimensão de ½ - 1 centímetro.
Planta nativa de Mata Atlântica.

É rugoso esse caule, de cor, cinzento esverdinhada externamente; na parte interna é colorido de amarelo pálido. Tem sabor muito semelhante ao do taiuiá (Trianosperma tayuyá) e um aroma particular, parecido com o do queijo velho, sobretudo alguns dias depois de colhido, quando começa a secar.
Os ramos novos deste vegetal, que tem 3-9 milímetros de diâmetro, são verde-claros, muito flexíveis e fortes; têm sabor amargo, pouco pronunciado mas um tanto nauseante.
As folhas são curtamente pecioladas, membranáceas, opostas, alternando com as gavinhas, oblongas ou oblongas-lanceoladas, agudas tendo os bordos dentados e espionhosos espaçadamente; são lisas em ambas as faces e coloridas de verde-claro e lustrosas na superior; a face inferior é de um verde muito pálido, esbranquiçado. Essas folhas tem as dimensões de 8 a 20 cm de comprimento, sobre 4 a 10 de largura, na parte mediana.
A inflorescência é em racimos compostos de muitas flores masculinas, mui pequenas, quase sesseis, com o cálice tubular de 3 a 4 cm de comprimento.
Desta planta são udsadas as folhas, as hastes e as raízes; sobretudo as raízes são frequentemente empregadas, por serem consideradas mais ativas.
A infusão é preparada com as hastes e as folhas, na proporção de 10 para 100 de água a ferver.
A tintura propriamente do cipó, hastes e folhas, é feita na proporção de 1 para 5 de álcool de 89%
O cozimento do cipó é feito na proporção de 20 partes para 300 de coadura. As formulas mais aplicadas e mais eficazes são a infusão e o cozimento da raiz, seguidas de alcoolatura da raiz. São empregadas como depurativo e alterante.
A raiz do cipó azougue é considerada útil em todas as moléstias da pele, simples ou de fundo sifilítico e artrítico. É mesmo reputada como específico da sífilis.
Na terapêutica indígena são empregados o extrato fluido, o xarope e o cozimento da raiz.
Externamente o cipó azougue usado em cozimento, para banhos, nos casos de sarna e outras dermatoses de crianças.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 e 1941 – As Cucurbitáceas Brasileiras. Gustavo e Theodoro Peckolt.