sábado, 24 de setembro de 2011

Thymus vulgaris, Linneu


Almanaque Agrícola Brasileiro 1920

Thymus vulgaris, Linneu
É uma planta de 15 a 25cm de altura, com folhas finíssimas, muito aromáticas e flores cor de rosa, claro ou forte, terminando em espigas. Há variedade de folhas regulares. Pertence esta planta a família das labiadas, cresce espontaneamente em toda a Europa temperada e em zona correspondente em nosso continente. Entre nós é conhecida a variedade cultivável, devendo as plantas ser renovadas cada três anos no mínimol.
O tomilho deve ser apanhado na florada e posto a secar a sombra. Uma vez seco coloca-se em depósito, dez quilogramas pelo menos, que vem a ser a porção suficiente para animal: boi, cabra, ovelha ou porco.
A cura da febre aftosa deve ser feita ao ar livre, fora do estábulo.
Para os dias atuais a cura da aftosa é com a vacina . 

domingo, 18 de setembro de 2011

Usos Medicinais do Coqueiro


Almanaque Agrícola Brasileiro -1920

Do coqueiro pode-se segurar que se usam todas as ruas partes e todos os seus produtos como medicamentos.
Cacho de Coco
Cada parte desta virtuosa palmeira, cada produto do seu precioso fruto, tem a sua utilidade em medicina doméstica.
São inúmeras em varias moléstias, as aplicações medicinais dos produtos do coqueiro, desde a raiz as folhas, desde aespata a amêndoa do fruto e o seu aminos.
Das espatas tenras empissadas se utiliza o suco com açúcar na sede dos bexigosos e nos enfisemas, o cozimento é considerado soberano para lavagens dos enfartes hemorroidários e para suspender o fluxo do sangue.
O sumo espremido da espádice, misturado com leite recente e assucar é muito recomendado como emoliente e, com óleo recente, nas dores locais.
A tenra plúmula durante as primeiras semanas de nascida é de um gosto sacarino agradável, sendo muito considerada como um artigo de dieta e como excelente comestível estando cozida e temperada.
As primeiras rodículas que começam a se formar na base da palmeira são um comestível apreciado.
O sumo dessas radículas extraído de uma palmeira tenra é um poderoso alexifarmaco contra mordedura de cobra.
As radículas tenras, moídas com água da segunda lavagem de arroz, dão uma bebida que adoçada é empregada com êxito na blenorragia. O sru cozimento com gengibre, sal marinho ou jagra é considerado como um remédio muito benéfico nas febres intermitentes e nas diarréias; misturado com um pouco de óleo recente serve para gargarejos.
As lacinias da palma ou surtas, muito tenras quando ainda brancas, são administradas com bom resultado nas ingestões agudas.
Pretende-se que o leite de côco convenha aos tuberculosos  o albúmen esmagado em água deixada assentar  e depois desnatada é preferível ao óleo expresso, na tosse e na doença pulmonar.
Quatro gramas de leite de côco recentemente espremido, sem mistura d’água usando-se por uns três dias faz desaparecer as hemorróidas.
É administrado em jejum para a cura das doenças sifilíticas e para limpar o estômago; prepara-se dessa emulsão com bananas e pó de cardamomo um remédio de cheiro e sabor agradáveis, bastante útil contra o aborto das mulheres sendo continuado na dose de ½ a ¾ de quartilho.

sábado, 10 de setembro de 2011

Guayule a Borracha do México


Parthenium argentatum A Gray

Foi na Exposição Internacional de Filadélfia em 1876, que sob o nome de “hule de Durango”, apareceu pela primeira vez à borracha extraída do Guayule (Pathenium argentatum A. Gray), planta da família das Compostas espontâneas em vasta extensão da alti-planice do México e em alguns pontos do Texas e do Arizona, estados norte-americanos.
Em verdade, sabia-se que os aborígenes, desde épocas remotas, obtinham do Guayle a matéria prima necessária ao fabrico das bolas de que usam em certos jogos, mas não se havia prestado a devida atenção a tal produto. Entretanto, a partir daquele certamem, a indústria extrativa da borracha de Guayule não cessou posto nos primeiros anos e excitantassem os sertanejos pelo mesmo fatigante e primitivo processo de mastigação usado pelos índios, aliás, então adotado também por um grande industrial de Torreon, mas que não deu resultado compensador, pois um homem precisa de dois dias para compor uma bola ou pão borracha com o peso médio de um quilograma.
Tendo-se comprovado que esta borracha, embora muito inferior a produzida pelas Hevea, possui qualidades aplicáveis, entre esta a de vulcanizar perfeitamente e a de associarem-se com extraordinária facilidade ás borrachas superiores, alguns norte-americanos importaram, em 1888, uns 45.000kg do novo produto. Aquele processo de mastigação ficava, porém, tão caro, as despesas de transporte, em regiões desprovidas de estradas de ferro e até mesmo de quaisquer outros meios de comunicação, eram tão elevadas, que se reconheceu a impossibilidade de fazer larga exportação enquanto não fosse descoberto um processo de extração mais expedito e mais econômico.
O Guayule estava longe, em regiões quase ou absolutamente desertas e sem água, em altitudes que chegavam a 3mil metros, embora normalmente oscilassem entre 600 e 1.900metros. A tenacidade e o dinheiro norte-americano venceram estas enormes dificuldades. Foram organizadas rapidamente diversas empresas, entre 1915 e 1912, todas dispondo de grandes capitais. Rapidamente desenvolveu-se um processo de extração rápido baseado na compressão da planta previamente socada. A extração é rápida e tão econômica que chega a dois dólares a tonelada, fornecendo uma pasta dura, sem traço de resina, que em muito se assemelha a do Pará. Há evidente exagero nesta afirmativa, mas é certo que o produto assim obtido chegou a ser pago cinco dólares os quatrocentos quilos.
Hoje se reputa ao processo Lawrence como superior a todos os outros processos mecânicos: é baseado na mastigação dos aborígenes.
Grande parte do território mexicano, exatamente a mais desprovida de meios de comunicação e a mais agreste, teve vida intensíssima, tal o ardor com que foram conduzidos os serviços de colheita e secagem da planta.
Uma rápida inspeção deste quadro mostra que mesmo partindo de 1903-1904, cujos correspondentes algarismos são muito baixos, o México produziu em 10 anos tanta borracha de Guayule quanto o Brasil produz num ano, incluindo todas as qualidades.
Bibliografia:
O Guayule - Almanaque Agrícola Brasileiro 1920- M. Pio Correa

domingo, 4 de setembro de 2011

Fabricando Perfumes


Alamanaque Agrícola Brasileiro-1915 – Paschoal de Maraes

Os perfumes, podendo ser qualquer, se distingue industrialmente: os perfumes naturais, os perfumes sintéticos, os perfumes orgânicos e os perfumes artificiais.
Os perfumes naturais se dividem em perfumes vegetais e perfumes animais.
As plantas de perfumes podem ser divididas em categorias segundo as partes utilizadas.
Os perfumes são extraídos das raízes, das cascas, da madeira, das folhas, dos botões e grãos, das resinas, gomas-resinas e bálsamos.
Violetas do campo
As operações que permitem aos cultivadores destas plantas de extraírem mesmo em suas módicas usinas, os princípios que depois podem expedir como, matéria prima, aos destiladores perfumistas dos países importadores são: por expressão, por embetição, absorção, maceração, por esgotamento, dissolução, por intermédio do vapor d’água, (destilação).
Os óleos essenciais, com raras exceções, existem já formados, nos vegetais aromáticos. Encontram-se aos diversos órgãos destas plantas, mas especialmente nas folhas, flores ou nos frutos que residem de preferência.
As plantas, em geral, dão o seu maximo, quando são tratadas frescas e por “enfleurage”. Algumas, com tudo, “produzem mais depois de secas”
O rendimento de uma mesma espécie pode variar por diversas causas.
O momento da colheita, e as condições atmosféricas em que esta for efetuada, a natureza do solo, a adubação química, a qualidade das plantas, e a sua exposição mais ou menos favorável exercem uma influencia sensível sobre a produção.
Para extrair o perfume das flores mais delicadas tais como o jasmim, a tuberosa e o junquilho, o sistema preferido é o da “enfleurage” a frio, que consiste em colocar as flores sobre uma camada de vaselina finíssima.
Todos os dias são depostas sobre essa vaselina novas flores frescas, até que ela se torne uma pomada em que a essência se apresente em estado de saturação. Dessa pomada é extraída a solução de perfume, mediante uma quantidade de álcool e obtêm a essência da flor.
Um método semelhante é o da maceração a quente. As flores são imersas e continuamente agitadas em certa quantidade de gordura a ferver. A gordura perfumada separa-se em seguida, das flores por meo de filtração e compressão. Desse modo são obtidas as quinta essências das rosas, das flores de laranjeiras, de acácia e das violetas.