quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Conta de cobra é medicamento contra a mordedura de cobra

Dorstenia brasiliensis, Klotzsech
É uma planta suberbacea de caule radicante, ascendente, glabro, com as folhas ovais ou lanceoladas-oblongas, pontudas, denteadas-repandidas, membranáceas, ásperas, de cor verde escuro na face superior e mais claro na inferior, de 16-27cm de comprimento sobre 5-10 de largura, tendo os pecíolos semi-roliços, triangulares, lisos e de 11-22cm de comprimento. As folhas ficam muito próximas do solo e as vezes deitadas sobre ele.
Habita os estados do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco, de Minas e de São Paulo.
A parte da planta empregada é o caule ou o rizoma que é oval, de 2-8cm de comprimento sobre 1mm, de diâmetro, de cor pardacenta avermelhada na face externa e amarelada na interna, de sabor levemente amargo, picante e acre e de aroma particular, fraco um tanto agradável, assemelhando-se um pouco ao da canfora e do eucalipto.
Este rizoma é usado como emético, diaforético e estimulante, particularmente na clorose e na leucorréias; dizem que é um verdadeiro específico contra a mordedura das cobras. Como estimulante empregam a infusão dos rizomas na proporção de 30grs para 180grs de liquido, que é usado na dose de 1 colher todas as horas.
O gênero Dorstenia foi instituído por Plumier, em homenagem ao botânico Dorsten.
Drackena deriva-se do nome do celebre navegante Drake, que trouxe de uma das viagens ao Peru, no meado do século XVI, uma raiz considerada como a verdadeira contra erva e que depois se reconheceu ser a Dorstenia Houstonii, que Lineu. Mais tarde Marggraff e Pison verificaram que esta denominação vulgar cabia a uma planta brasileira do gênero Dorstenia e não aquela.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

Nenhum comentário:

Postar um comentário