Quinino: Alcaloide
obtido de Chichona officinalis,
árvore da família das Rubiáceas. A História da utilização da casca de Quina
inicia-se em 1630 quando a esposa do conde de Chinchón adoeceu
de malária e o corregedor real da cidade de Lojá, no Equador, sabedor da
utilização pelos nativos da casca desta
árvore ofereceu a condessa, que ao utilizá-la restabeleceu-se. Quando do seu
retorno a Europa a paciente levou uma determinada quantidade, que logo passou a
ser conhecida como “pó da condessa”, sendo depois conhecido como “pó dos
jesuítas”, devido a estes terem comercializado a córtex da árvore por toda a
Europa. Ainda hoje, apesar da síntese de substâncias antimaláricas de certa
eficiência, principalmente após a guerra do Vietnam, continua sendo o
medicamento de eleição em casos graves de malária por Plasmodium falciparum.
Reserpina: Alcalóide da Rauwolfia serpentina, além de ser universalmente utilizada como
anti-hipertensivo, produziu por derivação diversas substâncias tranquilizantes,
constituindo-se num fármaco da maior importância para a farmacologia moderna.
Digital: No
século XIX as curandeiras mineiras utilizavam para a barriga d’água o chá de Dedaleira, isto era então motivo de
chacota dos médicos da época, hoje sabemos que a quantidade de digitoxicos
naquela planta justificava plenamente aquela prática da medicina tradicional,
exemplificando a necessidade relevante de não desprezarmos a memória popular,
injustamente relegada a um plano inferior, pela excessiva arrogância da ciência
moderna, esquecida de suas origens humildes. Sabemos suficientemente o que
significa uma civilização desprezar o seu passado, a história é pródiga de
exemplos iguais de decadência.
Bibliografia:
Anais do Congresso Nacional sobre Essências Nativas – Edison S. Neves- setembro
de 1982
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