Com a denominação de Jurubeba, são conhecidas pelo menos
quatro espécies vegetais, de aspecto e propriedades medicinais muito
semelhantes, todas pertencentes família das Solanácias.
Estas espécies são: Solanum insidiosum,
Mart; Solanum paniculatum, L; Solanum juripeba, Rich e Solanum fatigiatum, Willd.
Jurubeba, flor e fruto |
O povo, não distingue bem as diferentes espécies do vegetal,
denomina todas indiferentemente , conforme a região do pais, Jurubeba,
Jurumbeba, Juribeba, Juripeba, Jubeba, Jumbeba, Juveva, Juuna e ainda pelo nome
indígena de Joa-tica.
As diferentes espécies de Jurubeba tem pátria o Brasil e
se desenvolvem em todos os estados tropicais em abundância.
Gustavo Peckolt em 1886 publicou um estudo
farmacognóstico do S. insidiosum,
onde a parte química foi amplamente estudada, encontrando este ilustre
pesquisador a seguinte composição química em suas folhas e raiz: jurubebina,
solanina. Nenhuma parte deste vegetal contem tanino
Na Farmacopeia Brasileira é planta oficinal com as seguintes
preparações: extrato de Jurubeba, extrato fluido de Jurubeba e tintura de
Jurubeba.
A Jurubeba já era planta usada pelo índio quando da
descoberta do Brasil. No entanto o primeiro registro de sua utilização pelo
povo da terra é feita pelos naturalistas holandeses Piso e Marcggravi em seu
livro Historiae Rerum Naturalium Brasiliae, publicado em 1648.
O Dr Almeida Pinto, no século XIX recomendava Jurubeba contra
as anemias, a clorose, febre intermitente, hidropsias, obstrução do fígado e
baço, emenago e para combater o catarro da bexiga.
Externamente, o cozimento de suas folhas frescas é
compressa para apressar a cicatrização de ferimentos e úlceras. Também empregam
suas raízes nas moléstias do útero, na clorose, desobstruente poderoso,
diurético e tônico.
Bibliografia:
Revista brasileira de Farmácia – dezembro 1940 – Costa, Oswaldo de Almeida,
farmacêutico professor da Faculdade Nacional de Farmácia da Universidade do
Brasil.
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