Esta palmeira é considerada oriunda da África tropical, e
conforme Von Martius, não existem dados positivos sobre a sua introdução no
Brasil, mas é quase certo que foram os escravos que introduziram o cultivo e adaptação da planta
O Dr. O. Drude considerada o Dendê indígena das regiões
tropicais e equatoriais da América do Sul e crê que os seus frutos fossem levados
desde épocas remotas, pela correnteza do mar ou por outro qualquer meio, para a
Costa da Guiné onde, achando clima e tempo apropriados, se desenvolveu em toda
a sua plenitude, não tendo sido até hoje encontrado propriamente em estado
selvagem na região africana, mas somente cultivado nos lugares habitados.
Este sábio botânico é também de opinião que no Brasil
deve existir uma ou mais espécies do gênero Elvis que mais se aproxime do Coco
de Dendê, a não ser o Elais melanococa.
O coqueiro de dendê é cultivado em quase todos os estados
tropicais do país.
O Coqueiro de dendê cresce muito lentamente e para o seu
caule alcançar de 8 a 10m de altura são precisos uns 25 anos mais ou menos.
O seu caule trás na base as folhas, tendo em parte o pecíolo
da mesmo ereto; é coroado na parte superior por 10-20 folhas de quase quatro
metros de comprimento com os pecíolos armados de espinhos.
A inflorescência parte do meio das folhas em espádices
ramosas as vezes em numero de 8, tendo as flores masculinas e as femininas
separadas em 2 regimes diferentes, sendo cada um deles protegidos pro uma dupla
espata; o cálice e a corola tem 3 divisões, as estaminas são em número de 6 e o
ovário tem 3 lojas, achando-se duas obliteradas.
Por vários séculos o óleo de dendê foi falsificado,
porque custava muito caro e havia grande falta de óleo no país; apesar da culinária
africana e brasileira usar cada vez mais o óleo para o preparo de muitas
iguarias. Hoje já temos produção nacional.
O óleo de dendê , recentemente fundido e introduzido em
recipiente para conservação e cheio completamente, e depois fechados
hermeticamente, conserva-se por tempo indefinido, não perdendo a cor amarelada,
nem o seu aroma, e nem as outras propriedades, mas ao ficar em contato com pequena quantidade de
ar, altera-se descorando, rancificando pouco a pouco.
Essa transformação dá lugar à produção de uma certa
quantidade de glicerina que segundo Pelouse e Boudet, diminui a proporção que o
óleo torna-se mais rançoso, visto a glicerina se decompor e formar acido sebáceo.
Na medicina popular o azeite de dendê é usado para
fricção, contra o reumatismo e também contra doenças de pele.
Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do
Brasil (1888-1914).
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