domingo, 18 de março de 2018

O afrodisíaco mais poderoso da Flora Brasileira.


Lophophytum mirabili, Schott e Endl, é planta parasita que vegeta sobre as raízes das árvores, em lugar sombrio e um tanto úmido, de preferencia sobre as raízes das
leguminosas. De seu rizoma hipógeo saem os espiques florais oblongos, cônicos, de 10-17 centímetros de altura sobre 4 a 8cm de grossura, cobertos quando novos de escamas pardacentas e depois de flores monoicas afila, assemelhando-se a uma longa espiga de milho privada da palha, tendo na parte inferior as flores femininas reunidas em capítulos globosos, de 4-6mm de diâmetro, de cor amarelo-clara, levemente pardacenta sobre o centro; o fruto e um cariopse.
Os rizomas tuberosos atingem desde o tamanho de uma laranja até o de uma melancia sendo este último mais raro. São de conformação irregular, em geral oblonga, arredondada, achatados de um lado, de cor parda e cobertos de numerosas excrescências verrugosas; a sua casca tem 4-5 cm de grossura.
A parte interna deste rizoma é carnosa, de cor pardacenta listada de vermelho; o seu sabor é desagradável, adstringente, o seu aroma é sui generis.
Habita quase todos os Estados do Brasil com especialidade os de bioma de Mata Atlântica.
Os índios consideram esta planta milagrosa e dizem que, quem como os capítulos florais, a parte inferior da haste sem ser visto por outra pessoa, é sempre querido das donzelas, e os que comem a parte superior da haste, são felizes na caça e tornam-se vitoriosos na guerra.
O cozimento da haste floral é considerado afrodisíaco; os curandeiros usam o cozimento da haste e da raiz tuberosa em banhos nas orquites.
A raiz tuberosa, seca e reduzida a pó, é usada na dose de 2-4 grs contra a epilepsia, para ser tomada na  lua minguante e a noite ao deitar, de 3 em 3 dias, duas vezes ao dia.
Na icterícia emprega-se o pó na dose de 50grs, três vezes ao dia.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

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