Pelo Dr. J.R. Monteiro da Silva da Sociedade Nacional de Agricultura-Almanaque Agrícola Brasileiro 1915
Sabonete de Tayuyá |
A abobora d’Anta em xarope e em tintura faz prodígios nas ulceras, feridas e outras moléstias da pele.
Junto às rochas observamos o Tayuyá ou Tomba (Trianosperma Tayuyá, Mart) de raízes grossas como tubérculos, muito amargas de gosto nauseoso e quando fresca fortemente drástica.
É um poderoso depurativo, tendo a útil vantagem de despertar as funções gastrointestinais, estimulando a digestão e regularizando as evacuações. As moléstias da pele encontram no tayuyá um poderoso recurso terapêutico.
E combinado com o cipó suma, também cura as moléstias de garganta, da faringe, da boca, do ouvido, do nariz e dos olhos. Da mesma forma por que atua sobre a pele, age sobre as mucosas, curando as granulações e irritações.
E o carapiá que vegeta também pelas margens das estradas, nos pontos mais sombrios, tornando-se abundante por toda parte
Pertence a família das urticaceas (Dorstenia multiformis, Miq) o seu rizoma é a parte empregada, é um grande remédio para favorecer e regularizar a mestruação.
Atua também como um ativo expectorante e estimulante nas febres típicas, como sucedâneo da serpentaria da Virginia, um excelente diaforético a ponto de o povo dizer que “faz suar até os ossos”. A diamenorreia ou mestruação difícil e dolorosa tem na raiz do carapiá o seu remédio curativo, usando-se a sua infusão preparada com 20 partes do rizoma e 200 pates de água fervendo, que se toma as xícaras durante o dia.
A árvore Buranhem ou casca doce (Chrysóphylum buranhem, Riedel), cuja casca lisa, quebradiça, de gosto, adocicado e adstringente, constitue um poderoso remédio para tratamento das enteritesde qualquer natureza. O seu extrato seco conhecido por “monesia”, já gozou de merecida fama terapêutica das moléstias intestinais e tornou-se um artigo de exportação para a Europa.
A Brauna (Myranoxylon braúna, S.Clott), de lenho duro como o ferro, de casca negra e grelada que dá boa tinta, que Ra aproveitada pelos antigos fazendeiros para tingir as roupas dos escravos. Dentro do tronco dessa utilíssima árvore é comum encontrar-se uma seiva de cor negra, adstringente de mais conhecida por selva de Muyraúna, que é melhor remédio para desinterias e diarréias.
O pé de calunga (Simaba ferrugínea, St. Hill), tirando alguma casca do caule subterrâneo, de cor amarelada, que é um excelente estimulante de órgãos digestivos.
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