domingo, 4 de setembro de 2011

Fabricando Perfumes


Alamanaque Agrícola Brasileiro-1915 – Paschoal de Maraes

Os perfumes, podendo ser qualquer, se distingue industrialmente: os perfumes naturais, os perfumes sintéticos, os perfumes orgânicos e os perfumes artificiais.
Os perfumes naturais se dividem em perfumes vegetais e perfumes animais.
As plantas de perfumes podem ser divididas em categorias segundo as partes utilizadas.
Os perfumes são extraídos das raízes, das cascas, da madeira, das folhas, dos botões e grãos, das resinas, gomas-resinas e bálsamos.
Violetas do campo
As operações que permitem aos cultivadores destas plantas de extraírem mesmo em suas módicas usinas, os princípios que depois podem expedir como, matéria prima, aos destiladores perfumistas dos países importadores são: por expressão, por embetição, absorção, maceração, por esgotamento, dissolução, por intermédio do vapor d’água, (destilação).
Os óleos essenciais, com raras exceções, existem já formados, nos vegetais aromáticos. Encontram-se aos diversos órgãos destas plantas, mas especialmente nas folhas, flores ou nos frutos que residem de preferência.
As plantas, em geral, dão o seu maximo, quando são tratadas frescas e por “enfleurage”. Algumas, com tudo, “produzem mais depois de secas”
O rendimento de uma mesma espécie pode variar por diversas causas.
O momento da colheita, e as condições atmosféricas em que esta for efetuada, a natureza do solo, a adubação química, a qualidade das plantas, e a sua exposição mais ou menos favorável exercem uma influencia sensível sobre a produção.
Para extrair o perfume das flores mais delicadas tais como o jasmim, a tuberosa e o junquilho, o sistema preferido é o da “enfleurage” a frio, que consiste em colocar as flores sobre uma camada de vaselina finíssima.
Todos os dias são depostas sobre essa vaselina novas flores frescas, até que ela se torne uma pomada em que a essência se apresente em estado de saturação. Dessa pomada é extraída a solução de perfume, mediante uma quantidade de álcool e obtêm a essência da flor.
Um método semelhante é o da maceração a quente. As flores são imersas e continuamente agitadas em certa quantidade de gordura a ferver. A gordura perfumada separa-se em seguida, das flores por meo de filtração e compressão. Desse modo são obtidas as quinta essências das rosas, das flores de laranjeiras, de acácia e das violetas. 

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