Alamanaque Agrícola Brasileiro-1915 – Paschoal de Maraes
Os perfumes, podendo ser qualquer, se distingue
industrialmente: os perfumes naturais, os perfumes sintéticos, os perfumes
orgânicos e os perfumes artificiais.
Os perfumes naturais se dividem em perfumes vegetais e
perfumes animais.
As plantas de perfumes podem ser divididas em categorias
segundo as partes utilizadas.
Os perfumes são extraídos das raízes, das cascas, da
madeira, das folhas, dos botões e grãos, das resinas, gomas-resinas e bálsamos.
Violetas do campo |
As operações que permitem aos cultivadores destas plantas
de extraírem mesmo em suas módicas usinas, os princípios que depois podem
expedir como, matéria prima, aos destiladores perfumistas dos países
importadores são: por expressão, por embetição, absorção, maceração, por
esgotamento, dissolução, por intermédio do vapor d’água, (destilação).
Os óleos essenciais, com raras exceções, existem já
formados, nos vegetais aromáticos. Encontram-se aos diversos órgãos destas
plantas, mas especialmente nas folhas, flores ou nos frutos que residem de
preferência.
As plantas, em geral, dão o seu maximo, quando são
tratadas frescas e por “enfleurage”. Algumas, com tudo, “produzem mais depois
de secas”
O rendimento de uma mesma espécie pode variar por
diversas causas.
O momento da colheita, e as condições atmosféricas em que
esta for efetuada, a natureza do solo, a adubação química, a qualidade das
plantas, e a sua exposição mais ou menos favorável exercem uma influencia
sensível sobre a produção.
Para extrair o perfume das flores mais delicadas tais
como o jasmim, a tuberosa e o junquilho, o sistema preferido é o da “enfleurage”
a frio, que consiste em colocar as flores sobre uma camada de vaselina finíssima.
Todos os dias são depostas sobre essa vaselina novas
flores frescas, até que ela se torne uma pomada em que a essência se apresente
em estado de saturação. Dessa pomada é extraída a solução de perfume, mediante
uma quantidade de álcool e obtêm a essência da flor.
Um método semelhante é o da maceração a quente. As flores
são imersas e continuamente agitadas em certa quantidade de gordura a ferver. A
gordura perfumada separa-se em seguida, das flores por meo de filtração e
compressão. Desse modo são obtidas as quinta essências das rosas, das flores de
laranjeiras, de acácia e das violetas.
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