Segundo Schmidt a palavra droga é provavelmente derivada
do árabe dowâ que significa remédio, de onde foi transferida sob a forma doga
ou droga, para o romântico e mais tarde para as línguas germânicas. La Wall
porém afirma que a palavra é provavelmente de origem teutônica, derivada da
palavra raiz “drogue” significando “uma erva seca”. O dicionário de Webster
explica que o baixo alemão droge vate se aplica a vasilhas secas, artigos
encaixotados, em que a palavra “droge” foi erradamente tomada para significar o
conteúdo. A palavra pereceria estar relacionada com o alemão trocken que
significa seco. Segundo o dicionário da língua francesa de Hatzfeld e
Darmesteter a palavra drogue data do século XVI. A origem holandesa, da palavra
droog (qualquer coisa seca) é posta em dúvida por alguns etimologistas, segundo
Hatzfeld e Darmesteter.
A palavra droguista, aplicada ao vendedor de drogas n~]ao
teve uso geral antes do século XVI. Na Inglaterra não há “drug stores”. O “Chemist’s
shop” representa ali o “drug stores” americano. Na França é a pharmacie, ou
apothicairerie. O titulo droguista é ali usado apenas para designar o vendedor
de ervas secas.
É digno de nota a palavra “drug” muitas vezes significa
uma substância venenosa.
A razão evidentemente é de que algumas drogas são
violentos venenos, como por exemplo, estricnina, acônito, morfina, cocaína.
Contudo há muitas outras que são suaves e agradáveis e não tem qualidades
tóxicas, por exemplo, alcaçuz, alecrim, alfazemas, sassafrás. Algumas destas
são drogas valiosas por que o seu cheiro ou sabor agradáveis são utilizados
para mascarar o gosto desagradável de outras drogas. O leigo não pensaria em
chamar droga às pétalas de rosas, e, contudo a água de rosas, destilada das
flores frescas da Rosa centifólia é reconhecida na medicina como um agradável
veículo para disfarçar o gosto e odor das drogas desagradáveis.
A palavra grega para droga é pharmakon. Daí nos tiramos
farmacêutico e farmácia (isto é a arte de preparar remédios; e também o
estabelecimento); farmacognosia (de pharmakon + gnosis, saber) a ciência do
reconhecimento das drogas; o adjetivo farmacêutico (significando o que pertence
à farmácia, do grego pharmakeus ou pharmakeutes, droguista) e farmacopeia (do
grego pharmakon + poiein, fazer), um livro, geralmente oficial, contendo uma
coleção de receitas ou formulas para a preparação de medicamentos.
Bibliografia: Revista da Flora Medicinal – 1945 – Graves,
Arthur Harmout – Plantas na Medicina.
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