quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Os rizotomos da antiga Grécia eram os raizeiros dos dias atuais.

Na antiga Grécia havia uma corporação especial de homens chamados rizotomos, que literalmente significa cortadores de raízes, cuja ocupação era colher, preparar e vender as raízes das plantas medicinais. Os botânicos dos tempos antigos, tais como Teofrastro e Dioscorides, não concluíam a descrição (de uma planta) sem nos dizer a que eram
Rizotomos eram especialistas em raízes.
semelhantes as partes subterrâneas, se fibrosas ou carnosas, tuberosa ou bulbosas, e do mesmo modo as suas propriedades, isto é as suas virtudes ou valor medicinal. Porque este cuidado particular com as raízes? É sabido de todos que não somente as raízes mas também os rizomas ou caules subterrâneos e os tubérculos de muitas plantas servem de reservatório para os alimentos de reserva da planta. Ora, juntamente com este armazenamento de alimentos parece ser também depositada nestes órgãos subterrâneos uma grande quantidade de certas substâncias orgânicas ou compostos característicos da espécie de planta. Por exemplo, as raízes de sassafrás e alcaçuz fornecem as substâncias orgânicas particulares características destas plantas em grandes quantidades embora essas substâncias se encontrem em menor grau em outras partes da planta. Esta concentração de substâncias orgânicas importantes nas raízes foi reconhecida logo no princípio da história da humanidade. Daí a formação da corporação dos rizotomos.
Os Ptolomeus reais de Alexandria (307-221 A.C) muito fizeram para incrementar a medicina. Entre outras coisas eles animaram a dissecação do corpo humano, até então proibida por lei. Assim os corpos dos criminosos condenados eram entregues aos “cirurgiões” e muito se aprendeu a respeito da localização e aspecto dos órgãos internos. Infelizmente as suas funções não tinham sido ainda compreendidas ainda naqueles tempos.
Em quanto os romanos eram peritos em organização política e nas artes de escrever e falar, o progresso científico da medicina durante o período romano foi quase nulo. Esta foi a época de Galeno (Claudius Galenus, 130 D.C) outro alexandrino cujas ideias a respeito da medicina foram adotadas, durante muitos séculos.
De fato, ainda em 1560 um certo “Dr Geynes não foi admitido no Colégio de Médicos e Cirurgiões em Londres antes de ter assinado a retratação de seu erro de ter impugnado a infalibilidade de Galeno. A dissecação do corpo humano sendo novamente proibida, Galeno tinha de formar as suas opiniões por meio da dissecação dos animais. Uma das suas ideias era que a doença e a saúde dependem das proporções relativas entre sólidos e líquidos do corpo.
Durante este período o uso de terras ou argilas especiais para fins farmacêuticos tornou-se comum. Uma destas argilas era obtida de um poço na ilha de Lemmos, que só podia ser aberto a certa hora de um dia especial do ano, e então apenas com o acompanhamento de certos ritos religiosos.

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal – 1945 – Graves, Arthur Harmount – Resumo da História das Plantas Medicinais.


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