segunda-feira, 25 de maio de 2015

A História da Farmacognosia em suas origens

Sem pretender obedecer ao rigor de uma definição científica, mas apenas mostrando um pouco da história deste estudo falaremos aqui de farmacognosia como um conjunto de substâncias fisiologicamente ativas reunidas pelo farmacêutico sob forma estabelecida e que administrado ao doente pode curá-lo ou, pelo menos, minorar-lhe o sofrimento.
Estas substâncias ativas, naturais e produzidas pelas indústrias químicas e biológicas, designam-se por substâncias ou drogas medicinais e também por fármacos.

Antiguidade os médicos preparavam os medicamentos para os seus doentes; chegaram até nós os nomes de alguns, mas destaca-se só o de Dioscórides, eminente médico do sec. I da era cristã, autor de uma obra notável “de Matéria Médica” muito comentada e guia de ensaio até a época do Renascimento. Nela se referem também numerosas drogas provenientes exclusivamente, como até há pouco, dos três reinos da Natureza.
Esta expressão, Matéria Médica, hoje consagrada, utiliza-se algumas vezes como sinônimo de Farmacologia, a ciência dos medicamentos e da sua ação sobre o organismo sadio ou doente; geralmente, porém , designa só um dos seus capítulos, aquele que estuda todos os fármacos - qualquer que seja a sua origem, vegetal, animal, biológica ou química – quanto farmacologia, continuando o médico a estudar a atividade. – quanto à sua proveniência, característica e propriedades.
O desenvolvimento de novos ramos das ciências médicas determinou, também, a cisão da farmacologia, continuando o médico a estudar a atividade fisiológica de todas as substâncias medicamentosas sobre o organismo humano, nos diversos aspectos que interessam à Medicina, incluindo a forma de administração vias de eliminação, doses, etc. O emprego destas substâncias na prevenção e tratamento das doenças constitui o objetivo da Farmacoterapia.
Com o progresso registrado no estudo das substâncias naturais utilizadas na preparação de medicamentos – nos seus diversos aspectos relacionados com a origem, identificação, conservação e análise pelos métodos mais adequados – houve necessidade de denominar esta nova ciência, já autónoma, de uma forma conveniente.
No começo do século XIX, Guibourt, ilustre professor da antiga Escola de Farmácia da Universidade de Paris, publicou uma obra muito apreciada no seu tempo, o título: “História Natural das Drogas Simples”, e que serviu para designar uma disciplina do curso de Farmácia.
Na mesma época empregou-se, pela primeira vez, o termo Farmacognosia, rapidamente generalizado, derivado de Pharmakon, com o significado de substância medicinal e de Gnosis, conhecimento, com a terminação ia, que determina a acentuação grave.
Bibliografia: Ismael Astrada, Apuntes de Farmacognosia , 1927

San Martin Casamada Elemtnos de Farmacognosia Generale, Barcelona, 1949; Farmacognosia descritiva, Baarcelona, 1957; Farmacognosia com Farmacodinamia, Barcelona 1957.

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