segunda-feira, 27 de março de 2017

A batata do Jacutupé é útil como refrigerante

 Pachyrrizus angulatus, A. Rich é planta originaria das índias, perfeitamente adaptada no cultivo brasileiro. Planta conhecida na medicina popular como Jacutupé, tem a sua denominação vulgar do indígena Yuti-Kape, o qual por semelhança de som passou a Jutikupé e finalmente, chegou a Jacutupé, cujo significado é batata da casca fina. Ela tem um feijão trepador, conhecido na Índia, como feijão grande ou Feijão de batata; as suas folhas são angulosas, dificultadas, lisas ou ligeiramente pubescentes na face inferior; as flores são avermelhadas com um tom violáceo; as vagem, regulam de tamanho com as do feijão comum porém, são tanto mais grossas, encerrando 6 a 8 sementes de cor preta violácea.

a batata é usada como diurético associada a limonada


Esta planta trepadora, já era cultivada no Brasil desde os tempos coloniais, principalmente nos estados do sudeste, onde era bastante comum, no tempo da escravidão por servir de alimento aos escravos, a sua raiz tuberosa, do mesmo modo como eram usadas os diferentes caras.
Este útil vegetal pertence a família das leguminosas, cujo gênero encerra somente duas espécies diferentes e uma variedade.
É planta encontrada por toda a América tropical, por causa de sua raiz alimentícia.
A batata do legitimo Jacutupé, além de ser alimentícia, é considerada refrigerante e útil em combater os acessos febris; o seu polvilho é muito usado em limonadas, para combater os catarros da bexiga e também varias doenças das vias urinárias.
O suco da batata de Jacutupé é considerado bom diurético e de bastante proveito no tratamento das nefrites.
O polvilho de Jacutupé é muito usado na medicina popular e alguns médicos julgam excelente contra as diversas afecções da bexiga, principalmente no catarro vesical, ou também contra hemorroidas, na dose de 3 a 4 colheres das de sobremesa por dia, em mistura com água açúcar e limão, uma verdadeira limonada de Jacutupé.
O polvilho deve sua ação diurética a uma resina.


Bibliografia: Peckolt, Gustavo – Revista Chácaras e Quintais, março de 1922.

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