segunda-feira, 27 de março de 2017

Cumarú ou Fava Tonca é uma das sementes de cheiro do Brasil

Fava Tonka, Camarú, Cumbarú, Cumbary, Fava da Índia, Baru, Cumbari. Família das leguminosas. Nome científico Coumarouna  Odorata, Aubl.
É uma árvore de porte médio nas florestas secundarias, mas que pode ultrapassar os trinta metros na mata virgem. Folhas com 4 a 8 folíolos  os folíolos não tem pontos transparentes. Esta arvore produz a cumarina que é uma substancia, branca, de odor agradável, que se funde a 67º.
Asperula odorífera
É pouco solúvel na água fria, melhor na água quente, e muito solúvel no álcool, e no éter.
Não é só esta planta que contem a cumarina assim encontramos esta substancia na Asperula odorífera, nas flores de Anthoxanthum odoratum, nas folhas de Agraecum gragransMelilotus oficinalis.
Foram os índios Caraíbas, da Guyana, os primeiros a utilizarem esse material quer, como adorno, em colares e pulseiras, quer como fornecedor de perfume ou mesmo como excitante geral. Em alguns lugares o povo se serve da casca ou das sementes para infusões sudorificas. Tem grandes aplicações na indústria dos perfumes.
As sementes de Cumarú têm um aroma delicioso e um tônico muito útil.
Os antigos usavam o chá da semente como calmante diaforético, emenago. Em altas doses pode ser laxante.
A tintura é antiespasmódica e tônica.
O óleo é usado para ulcerações na boca é também um bom tônico para o couro cabeludo. A semente é usada para odorizar ambientes.
Na Europa o odor da cumarina é conhecido como “feno fresco cortado”, que não tem qualquer semelhança entre o odor de feno cortado e o de cumarina.
Efetivamente, a fragrância dos campos suaviza e gratifica os nervos olfativos de todos.
A colheita é feita na selva a partir de fevereiro quando as favas começam a madurar. Os coletores viajam ria Amazona acima em canoas e colhem as favas depois as deixam secar ao sol. Sua fragrância é usada em fumo, sabonetes finos e em varias linhas de cosméticos. 

Bibliografia: Martin Barros - Revista Chácaras e Quintais – março de 1917 – pág 212 e 213.

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