Farmacognosia foi um termo criado por Seydler em 1815,
para designar uma nova ciência e sistematizar melhor o estudo dos medicamentos.
Para expressar melhor sua nova forma de trabalho o autor publicou em 1832 um
livro intitulado “Grundriss der Pharmakognisie de Pflanzenreich”. A palavra
grega Pharmakon, significa substância medicinal, planta curativa ou veneno e
Gnosis, conhecimento, assim esta palavra passou a ser usado por Guibourt,
professor da Faculdade de farmácia de Paris para designar uma disciplina do
curso de Farmácia, que deveria estudar os remédios a partir das drogas simples.
Antes dele no entanto, o químico alemão Theodoro Martius,
já havia usado a mesma palavra para designar o estudo do princípios ativos das
plantas que resultavam em remédio. Isto acontecia na Europa do começo do século
XIX onde o desenvolvimento dos remédios e dos estudos de farmácia progredia
vertiginosamente entre a Franca e a Alemanha.
A farmácia na Europa deste começo do século XIX era uma
ciência natural que tratava do conhecimento, preparação, valorização,
estabelecia preço de mercado, e conservação do medicamento.
Nestes primeiros anos desta nova ciência, farmacognosia,
buscava-se estudar substâncias medicinais que provinham da natureza sem necessariamente
estar relacionada exclusivamente ao reino vegetal. Assim, rapidamente se
isolaram conjunto de fármacos minerais, depois animal. Entretanto, apareceram
novas substâncias medicinais de origem biológica, assim como a síntese química,
a copia sintética da natureza, e rapidamente se desenvolveram novas disciplinas
e com isso a palavra e o ensino de farmacognosia se restringiu ao estudo de
todos os medicamentos simples que normalmente se originavam das plantas
medicinais.
Identificação botânica macroscópica da planta e separação
dos princípios ativos conhecidos era o principal trabalho dos farmacêuticos
europeus do século XIX.
No brasill deste mesmo período os estudantes de farmácia
eram poucos, 7 a cada 10 anos, e os laboratórios de química só foram instalados
nas faculdades de medicina, Bahia e Rio de Janeiro, na segunda metade do
século. Com isso deixamos claro que a farmacognosia é um estudo que só passou ser ensinada nas faculdades brasileiras,
depois de muita discussão acadêmica, no inicio do século XX. Isto no entanto,
não deve significar que os estudos farmacognosticos de nossa flora não
começaram no século XIX.
No brasil deste mesmo período os estudantes de farmácia
eram poucos, 7 a cada 10 anos, e os laboratórios de química só foram instalados
nas faculdades de medicina, Bahia e Rio de Janeiro, na segunda metade do
século, Com isso deixamos claro que a farmacognosia é um estudo que só passou a
ser ensinada nas faculdades brasileiras, depois de muita discussão acadêmica,
no inicio do século XX. Isto, no entanto, não deve significar que os estudos
farmacognosticos da nossa flora não começaram no século XIX.
A Europa produzia cientistas demais para sua já muito
pesquisada fauna e flora. O Novo Mundo, principalmente países de clima e
florestas tropicais desafiavam os jovens cientistas do velho mundo. Por pouco
tempo, alguns anos, ou para o resto de seus dias os jovens cientistas do começo
do século XIX sabiam que do outro lado do Atlântico ls vieram para ficar e,
entre os ficaram lhes aguardava o sucesso e as novas descobertas. Muitos vieram
e voltaram para Europa, outros ficaram entre os que ficaram o mais brilhante
dos primeiros farmacêuticos que se radicaram no Brasil., Theodoro Peckolt (1822
– 1912).
Peckolt desembarcou no Rio de Janeiro em novembro de
1847. Em 1848 começou a conhecer o interior do pais. Montado em um cavalo
começou pelo Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais. Neste jovem Brasil
haviam poucos médicos no interior e os conhecimentos farmacêuticos do jovem
naturalista colocavam-no na posição de prestar serviços médicos aos doentes que
o consultavam. Destes serviços recebia interessante presente para a sua coleção
botânica. Cantagalo na Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro. A cidade naqueles
tempos tinha ricas plantações de café e belas matas intactas para suas
pesquisas.
Pesquisou durante 10 anos para apresentar sua primeira
obra na Exposição Nacional em 1861. “Catálogo Explicativo da Coleção da
Pharmacognosia e Química Orgânica Enviada a Exposição Nacional de 1861” são os
primeiros resultados de suas pesquisas que vem a público. Escreve o autor: “Tudo
que minha coleção tem é feito por mim e não há nenhum produto estranho”.
As diversas análises executadas por mim acham-se
publicadas, em parte, no Archivo de Pharmácia da Alemanha do Norte. Reparti a minha
coleção em séries seguindo, mais ou menos o sistema Pharmacognostico.
A escolha da organização dos seus estudos o acompanha
pelos seus 65 anos de pesquisa. Ao analisarmos toda a sua obra observamos que a
qualidade e quantidade das informações das espécies colhida neste primeiro
momento o acompanham durante toda a sua existência. Sua principal preocupação
será, sempre, ensinar ao povo brasileiro a importância de sua fauna e flora,
absolutamente desconhecida e desprestigiada na época.
Bibliografia: Peckolt,
Theodoro e Gustavo - Historia das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil – (1888
a !914).
Para saber mais: Santos , Nadja Paraense - http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702005000200018
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