domingo, 22 de abril de 2018

Ucauba combate às caries e o reumatismo


Myristica sebifera, Swartz. Ucuuba de sebo, Ucuuba, Árvore de Sebo. Árvore de graxa, Árvore de cera. É uma bonita árvore de 15m de altura sobre 1, ½ a 3 m de grossura, com casca grossa, de cor cinzenta e ramos cilíndricos, quando novos cobertos de pelos macios, cor de ferrugem; tem as folhas alternas, ovais ou oblongas, agudas , de base cordiforme, com a face superior lisa e a
Myristica sebifera, Ucuuba
inferior coberta de um cotanilho de cor avermelhada. O fruto é arredondado carnoso.
Habita os terrenos úmidos dos estados de São Paulo, Minas, Goiás, Alagoas, Piauí, Pará e Amazonas.
É planta muito útil para os índios. Os habitantes das margens do Amazonas usam sua semente em vez de velas e os pescadores as usam a noite como archote por causa da luz clara e persistente.
Os índios para obterem a substancia gordurosa das sementes secas, separam o seu arilo, depois reduzida a pó, fervem com água e a proporção que a matéria gordurosa se separa eles retiram com uma colher a camada que sobe o liquido gorduroso.
Ao esfriar a substancia gordurosa torna-se um sebo de cor amarela escura. Este sebo é usado para a iluminação como vela que queima uma chama clara azulada.
Pela expressão das sementes reduzidas a pó, se obtém duas partes distintas uma quase liquida e a outra solida branca, muito boa para o fabrico de velas.
Esta substancia é de grande importância para a indústria, podendo ser misturada com outras matérias gordurosas para vários fins industriais.
Na medicina popular a substancia gordurosa é usada em fricções para combates às afecções reumáticas e as contusões, na forma de supositório é usada para as hemorroidas.
Da casca da árvore se obtém por incisão uma seiva transparente de cor vermelha que é usada como um bom adstringente, para combater as aftas, carie dos dentes, gripes, gargarejo nas anginas e em loção nas erisipelas.
A infusão das folhas é usada nas dispepsias e nas colicas flatulentas.
O cozimento da casca é muito usado para curativos de ulceras rebeldes.

Bibliografia: Peckolt – Theodoro e Gustavo - História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil (1888-1914).

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