domingo, 19 de fevereiro de 2012

A influência da lua sobre os vegetais

A luz da lua atuando sobre a vegetação, ativando a corrente nos climas quentes para a pujança da seiva e, pois, é inconveniente a derrubada e semeaduras feitas na lua cheia. Vamos deixar aqui gravado a nossa opinião sobre o assunto.
Suponhamos que a ascensão dos líquidos nos vegetais seja devida a influencia da pressão osmótica; para que haja equilíbrio nos líquidos que enchem as células, é necessário que a pressão osmótica seja por toda a parte a mesma. Boehm, que combate a teoria osmótica, admite que o movimento de água provocado para transpiração é uma função o da elasticidade das paredes celulares e da pressão atmosférica.
Se as paredes celulares são muito rígidas, sua elasticidade é substituída pela do ar que as células encerram.
A seiva ascendente filtra de célula em célula sob a influência de pequenas diferenças de pressão.
As mudanças de pressão do ar contido nas células aumentam ou diminuem a absorção.  
No outono, as árvores derrubadas são mais resistentes, aos ataques dos parasitas, porque nessa época há depressão nos vasos, devido a falta de oxigênio, o que se verifica pela análise do ar contido nos vasos.
Gasparin refere que, nas syzigias, há aumento de pressão do ar; e há longo tempo verificamos essas diferenças de pressão experimentalmente ao barômetro. Agora mesmo traçamos as curvas isóbaras de S. Bento das Lages e de Joazeiro.
As primeiras, verificadas diariamente nos aparelhos da escola e comparadas, veremos que as pressões nos dois dias que precedem e sucedem as syzigias ou quadraturas, são sensivelmente iguais.
Há entre cortadores de madeira e os carpinteiros a crença de que o vegetal só resiste bem aos ataques dos insetos, quando cortado “de folha velha”. Essa convicção da experiência rudimentar tem fundamento científico, tal como a combatida e controvertida questão da influencia da lua.  
A idade da folha tem grande importância na transpiração vegetal da qual depende o movimento ascensional da seiva e a distribuição das substâncias que a planta tira do solo.
As folhas novas transpiram, em geral, em toda a superfície, muito mais ativamente do que as folhas velhas; a atividade transitória diminui até o fim da vegetação e isso é devido a ser a cutícula muito fina e permeável na folha nova. As árvores de folhas persistentes, chamadas plantas sempre verdes, assimilam certamente durante todo o ano; mas na primeira e no estio e assimilação é menos intensa do que nas árvores de folhas caducas. Disso se conclui que o máximo das reservas que, entre as plantas de folhas caducas se efetua ao outono, no momento da queda das folhas, nas plantas sempre verdes, de folhas persistentes esse Maximo se realiza no começo da primavera.

Bibliografia:
Chácaras e Quintais 1910 pág 35 e 36. 

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