Árvore de Guaraem |
Guaraem é a Pradosia
lactescens, Rachl é a casca doce ou ibiraés ou, ainda a Ymyraeem dos
selvagens, que foi transformado em Buraem ou Guaraem pelos civilizados. Diz-se
que é uma planta muito lactescente, o que não é verdade; de sua entrecasca,
quando ferida, exsuda um ligeiro suco glutinoso, levemente lactescente e que se
coagula rapidamente mesmo dentro do golpe.
Os seus frutos são muito parecidos com os que vulgarmente
se chamam Bacupari miúdo. É uma planta bastante comum dos arredores da Capital
Federal, no alto das matas e geralmente numa altitude de 300metros mais ou
menos. Encontra-se também nos Estados do Rio de Janeiro, Minas, Espirito Santo
e São Paulo.
As árvores de Garaem que tempos encontrado nas nossas
florestas são geralmente de 25 metros de altura sobre 25 a 30 centímetros de
diâmetro, de ramos tortuosos, de casca de cor ferruginosa, coberta de maculas
de um amarelo ocre, deixando desprender pequenas manchas da epiderme, como se dá
com o caule a cicatriz em forma de maculas amareladas, que vai depois
escurecendo até tomar a cor natural da casca.
Esta casca é lisa e macia e acha-se intimamente ligada à
entrecasca, que é dura, de cor branca, levemente arroxeada e de sabor doce,
agradável de alcaçuz, e logo depois levemente áspera, quando fresca.
As folhas são opostas, ovais, arredondadas, de 5 a 7cm de
comprimento sobre 3cm de largura, com o pecíolo de 132-18cm de diâmetro; são
lisas, verde escuras, lustrosas como se fossem envernizadas, variando de
dimensões no mesmo ramo, de modo a encontrarem-se muitas vezes folhas de 5 cm
comprimento ao lado de outra de 7 cm.
Na terapêutica empregam-se as cascas da árvore, as quais,
quando secas, são duras como couro e de cor pardacento escura.
São usads como tônico, anti-disentérico, adstringente,
anti-catarral e anti-hemorroidal.
O extrato aquoso dessas cascas é muito conhecido também
em formulários estrangeiros com o nome de Monesia, aliás, também dado à casca,
e considerado um dos melhores remédios para curar as disenterias e os catarros crônicos,
sendo a sua ação pronta e rápida.
É planta oficinal na farmacopeia de alguns países.
Hoje está árvore é uma frutífera de Mata Atlântica
raramente encontrada.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal autor Gustavo
Peckolt
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