sábado, 22 de junho de 2013

A erva de Santa Lúcia e Pixirica

Nas terras incultas ao longo dos muros, das cercas, nas margens dos cursos de água, não é difícil encontrar esta erva que em certas localidades é até muito vulgar e abundante.
Os caules cilíndricos nodosos e frágeis sustentam folhas verdes lanceoladas e agudas, entre as quais na primavera, sobressaem, com lindo contraste, as flores azuladas protegidas por brácteas amplexicantes. O fruto é uma capsula.
Comelina difusa
Este representante da família das Comelinaceas chama-se cientificamente. Comelina sulcata e deve o seu nome vulgar às propriedades medicinais que lhe reconhecem os homens do campo, desta e das republicas vizinhas. O que se aproveita da erva de santa Lúcia, é o liquido mucilaginoso contido entre as brácteas da inflorescência. Liquido que, aplicado nas vistas, lhe tira qualquer espécie de irritação externa.
Toda a planta verde pode ser aproveitada também quer contundida para acalmar o prurido de certas doenças de pele, quer em infusão sendo que esta é preconizada nos casos de problemas de sangue.

A Pixirica

É assim chamado entre nós um arbusto característico da família das Melastomaceas, cujas folhas ovaladas são bem diferenciadas pelas nervuras curvilíneas, e toda a planta acha-se coberta de pelos mais ou menos rijos e de cor vermelho-escura (daí o nome de Clidemia hirsuta)
Vulgar em todo o Brasil, aqui é muito conhecida pelos frutos roxos comestíveis e pelas propriedades medicinais que os populares lhe reconhecem.
De fato, além de ser considerada geralmente como antiescorbútica (incluindo os frutos) o chá das folhas de Pixirica passa por ter grande valor na cura de desarranjos intestinais e em primeiro lugar em colites.
Como todas as melastomáceas brasileiras, é arbusto eminentemente ornamental que poderia ser convenientemente cultivado.

Bibliografia: Almanak Agrícola Brasileiro 1932-1933 – Alguns representantes da Flora Medicinal do Sul do país.


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