O Sistema
Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), criado em 1980 pelo
Ministério da Saúde (MS), com sede na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), tem como
principal atividade coordenar o processo de coleta, compilação, análise e
divulgação dos casos de intoxicação humana registrados no país, pela Rede
Nacional de Centro de Controle de Intoxicação, comunente denominada Rede
SINITOX.
No ano de
1996 o B rasil possuía 156.803.232 habitantes e 30 centros regionais espalhados
por todas as regiões do pais.
Comigo ninguém pode |
Os estados Unidos
possuíam, naquele mesmo ano de 1996, 67 centros e uma população estimada de
232.300.000 habitantes, o que representava 2,9 centros por dez milhões de
habitantes.
Os Centros de
Controle de Intoxicação funcionam em regime de plantão permanente todos os dias
do ano. Sua principal atividade é a prestação de informações aos profissionais
de saúde, às instituições hospitalares e à população leiga, por plantonistas
supervisionados pelo corpo técnico do centro, através de telefone, fax, e
e-mail. Nos atendimentos de emergência, os centros utilizam, como material
básico de consulta, Monografias em Toxicologia de Urgência que compõem um banco
de dados toxicológicos (CIT-RS/FIOCRUZ/ATOX,1997). O banco é composto por
monografias técnicas, envolvendo cinco grupos principais: medicamentos,
pesticidas, produtos químicos de uso doméstico e industrial, plantas tóxicas e
animais peçonhentos.
Os medicamentos
vêm, desde 1994, segundo as estatísticas divulgadas pelo SINITOX, ocupando o
primeiro lugar no conjunto dos 13 agentes tóxicos considerados, respondendo, no
período de 1993 a 1996, por aproximadamente27% dos casos de intoxicação
registrados no país.Este agente tóxico vem preocupando há algum tempo as
autoridades e profissionais de saúde de países como os Estados Unidos, Costa
Rica, Portugal e Uruguai, pelo aumento do volume de casos de intoxicação que
este agente provoca.
Os acidentes,
no conjunto dos agentes tóxicos, ocuparam o primeiro lugar, com 131.495 casos,
correspondendo a aproximadamente 60% dos casos registrados, no período de 1993
a 1996.
Este comportamento
é comum para a maioria dos agentes, com exceção dos medicamentos e dos
raticidas, que apresentam como principal causa determinante o suicídio. Do
total de 57.748 casos de intoxicação medicamentosa, 25.297 (44%) foram
registrados como tentativa de suicídio e 23.150 (40%) acidentes.perfazendo 84%
dos casos.
Com relação
aos 266 óbitos por medicamento 148 deles (56%) foram atribuídos à causa “suicídio”,
seguidos de “outras causas” e “acidental”.
Bibliografia:
Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 15(4): 859-869, out-dez,1999.
Bortoletto, Maria Élide e Bochner, Rosany
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