domingo, 13 de julho de 2014

Passifloras e Curcubitaceas como plantas medicinais

As Passifloraceas, cuja ação se assemelha a da morfina. Algumas são tidas como anthelminticas e outras como antiescorbúticas.
Flor de Passifloraceas
Das Curcubitaceas, queremos mencionar a Nhandiroba ou Jabotá, que é infalível contra perturbações gástricas e o reumatismo. As diferentes Cayaponias, que atuam como drástico e a não menos importante Luffa, que serve como antelmintico. Aliás, a “Cayaponina”, princípio drástico contido nas sementes e frutos de muitas espécies de gêneros diversos é, na opinião judiciosa de alguns clínicos, o purgante ideal, porquanto produz efeito forte com a dose mínima. Os Tayuyás são depurativos e diuréticos. Mas com o emprego das Curcubitaceas sem pré precisamos ter cuidado com a dose.
Das Phytolaccaceas são eméticas e drásticas as dos gêneros Phytolacea e Pircunia. As representantes da Petiveria são silagôgas, vermicidas, antigonorréicas e próprias para curar as dores de dentes. Os frutos da Rivinia tintoria, próprios para pintar os lábios e as faces das meninas faceiras, mormente porque é totalmente inofensiva e de uma coloração mais fiel ao natural que as tintas químicas.
As Malvaceas contem muitas espécies indígenas, que são emolientes e estomáquicas. Da mesma forma as Tiliaceas e as Sterculiaceas. Mas, destas ultimas há também muitas que são reputadas depurativas.
As Rutaceas igualmente importantes na cura das febres e moléstias do estomago e as sementes Meliaceas do gênero Melia, servem para substituir as da “Chaulmoogra” na extração do óleo oficinal.
Planta de Pariparoba
As gramíneas, as Pteridophytas, as Commeliaceas e todas as demais Mono e Dicotiledoneas, muito teríamos ainda a fazer. Para formarmos um juízo da diversidade existente entre as virtudes atribuídas aos diferentes vegetais, bastam estas famílias enumeradas.
Os botânicos e clínicos estrangeiros acreditam que nenhuma flora do mundo é mais rica de espécies medicinais do que a nossa e nós afirmamos sempre o mesmo, mas sem bem sabemos o que estamos dizendo.
O índio prepara remédios colhendo os elementos nas selvas sombrias e nos campos agrestes. Geralmente são misturadas diversas raízes ou diferentes folhas que lhe fornecem a base para os mesmos. Mas, a manipulação deste material, a época de sua colheita, bem como o modo de misturar e a maneira de fazer decoctos são coisas que também merecem atenção.

Bibliografia: Boletim de Agricultura – 1929 – Os Vegetais na Terapêutica – F. C. Hoehne


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