As
Passifloraceas, cuja ação se assemelha a da morfina. Algumas são tidas como
anthelminticas e outras como antiescorbúticas.
Flor de Passifloraceas |
Das
Curcubitaceas, queremos mencionar a Nhandiroba ou Jabotá, que é infalível
contra perturbações gástricas e o reumatismo. As diferentes Cayaponias, que
atuam como drástico e a não menos importante Luffa, que serve como antelmintico.
Aliás, a “Cayaponina”, princípio drástico contido nas sementes e frutos de
muitas espécies de gêneros diversos é, na opinião judiciosa de alguns clínicos,
o purgante ideal, porquanto produz efeito forte com a dose mínima. Os Tayuyás
são depurativos e diuréticos. Mas com o emprego das Curcubitaceas sem pré precisamos
ter cuidado com a dose.
Das
Phytolaccaceas são eméticas e drásticas as dos gêneros Phytolacea e Pircunia.
As representantes da Petiveria são silagôgas, vermicidas, antigonorréicas e
próprias para curar as dores de dentes. Os frutos da Rivinia tintoria, próprios
para pintar os lábios e as faces das meninas faceiras, mormente porque é
totalmente inofensiva e de uma coloração mais fiel ao natural que as tintas
químicas.
As Malvaceas
contem muitas espécies indígenas, que são emolientes e estomáquicas. Da mesma
forma as Tiliaceas e as Sterculiaceas. Mas, destas ultimas há também muitas que
são reputadas depurativas.
As Rutaceas
igualmente importantes na cura das febres e moléstias do estomago e as sementes
Meliaceas do gênero Melia, servem para substituir as da “Chaulmoogra” na
extração do óleo oficinal.
Planta de Pariparoba |
As gramíneas,
as Pteridophytas, as Commeliaceas e todas as demais Mono e Dicotiledoneas,
muito teríamos ainda a fazer. Para formarmos um juízo da diversidade existente
entre as virtudes atribuídas aos diferentes vegetais, bastam estas famílias
enumeradas.
Os botânicos e
clínicos estrangeiros acreditam que nenhuma flora do mundo é mais rica de
espécies medicinais do que a nossa e nós afirmamos sempre o mesmo, mas sem bem
sabemos o que estamos dizendo.
O índio
prepara remédios colhendo os elementos nas selvas sombrias e nos campos
agrestes. Geralmente são misturadas diversas raízes ou diferentes folhas que
lhe fornecem a base para os mesmos. Mas, a manipulação deste material, a época
de sua colheita, bem como o modo de misturar e a maneira de fazer decoctos são
coisas que também merecem atenção.
Bibliografia:
Boletim de Agricultura – 1929 – Os Vegetais na Terapêutica – F. C. Hoehne
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