Menos
importantes na medicina, mas mais decorativas, são as representantes das Acanthaceas,
Bignoniaceas e Campanulaceas. Mas, precisamos recordar as espécies do gênero Tecoma,
da segunda família, a que o povo xdenomina “Ipê”, cujas entrecascas e serragem
têm grande fama como úteis nas moléstias do estomago e fígado.
Casca de anta |
As
Umbelíferas, que contem as espécies úteis dos gêneros Fernula, Archnagelica,
Angelica, Meum, Foeniculum, Pimpinella, Ammi, Peucedaneum, Pastinaca, Thapsia,
Daucus e outros que contribuem com grande porcentagem para o material oficinal,
tem poucos representantes mais importantes em nossa flora indígena.
Lembramos,
porém, que muitas poderiam ser cultivadase produzidas aqui com vantagem. Delas
já experimentamosespecies de Coriandrum e Seseli, obtendo não pequena produção
de sementes no Horto “Osvaldo Cruz”.
Indigenas
dignas de menção seriam também a Centellaasiática, as espécies do gênero Eryngium
e outras.
Dignas de
especial menção são as nossas Menispermaceas. Muitas, altamente tóxicas, têm
encontrado emprego na medicina, aplicadas em doses pequenas e repetidas com largos intervalos.
Citamos apenas a “Calumba”, a “Raiz Pereira”, a “Bútua”, a “Parreira Brava” o “Cocculos”,
que tem bem merecida fama como estomáquicas, antirreumáticas, antifebris,
diuréticas e diaforéticas.
As
Myristicaceas, a que pertencem a nossa “Ucuúba”, a “Bicuiba” e outras sementes aromáticas,
têm fama como estimulante e como uteis para combater as câimbras e as disenterias
crônicas.
As
Magnóliaceas, que no Brasil tem apenas dois tipos representativos, valem menção
por serem as mais estomáquicas que conhecemos. A fama da “Cataya” ou “Casca de
Anta” é bem merecida. Afirmam ainda que cura o escorbuto e as úlceras
estomacais.
Das
Dilleniaceas destacamos as que o vulgo denomina “Çambaiba”, “Cipó Carijó” e “Capa
Homem”, pelo valor que tem como fortemente adstringente no combate as orquites
e as disenterias.
Bicuíba |
Das
Droseraceas, de que a nossa flora possui diversas espécies, destaca-se a
virtude diurética. Mas elas servem para curar a hidropsia, as moléstias dos
olhos, e são também consideradas toxicas para os carneiros e fornecem uma tinta
encarnada utilizável nas indústrias.
As Violaceas
indígenas prestam serviços como eméticas. Combatem as erupções cutâneas e agem
como antifebris.
Das
Flacourtiaceas, temos a celebre “Chaulmoogra” da Índia e uma porção de
similares na flora brasílica. Delas ocupa atualmente a atenção dos clínicos a “Sapucainha”,
Carpatroche brasiliensis, cujas propriedades medicinais, na destruição dos
lepromas da morfea, equivalem bem as das sementes vindas da Índia, pelo nome supramencionado.
As folhas de algumas “Guassatungas” agem também como anticético e anestésico.
Bibliografia:
Boletim de Agricultura – 1929 – Os Vegetais na Terapêutica – F. C. Hoehne
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