Martinezia caryotifolia – H.B.K.
Esta palmeira que cresce
nas províncias do Pauí, Maranhão, Mato Grosso, Bahia é sobre 40cm de diâmetro;
é densamente coberta de espinhos compridos, delgados e pretos, com as folhas de
2-2 ½ metros de comprimento, parecendo-se com as folhas retalhadas de uma
bananeira; inflorescência em espádice, pequena , com os frutos drupáceos do
tamanho de uma jabuticaba, de cor vermelha clara, quando maduros, com o
sarcocarpo farináceo, de cor amarelo alaranjada, de caroço preto e amêndoa dura,
branca e oleosa.
Paxiuba Majerona |
Um cacho dos frutos pesava
1,150 grs e um fruto de tamanho regular 5,500grs, sendo de sarcocarpo, 3,200 grs,
de caroço 1,600 grs e de amêndoas 0,700 grs.
A caryotina é uma substancia corante vermelho alaranjada, muito
semelhante a matéria corante da cenoura (coratina); posta em uma lamina de
platina incandescente, queima sem deixar resíduo, pode ser obtida esgotando-se
a polpa seca do fruto pelo éter e depois pela benzina; o resíduo restante de
benzina é tratado pelo sulfureto de carbono, que deixa a matéria corante pela
evaporação.
A rezina, é de cor
avermelhada, mole e, posta em lamina incandescente de platina queima,
volatizando-se completamente; é solúvel no éter, no éter petróleo, no clorofórmio
e na benzina, pouco solúvel no álcool e insolúvel nos álcalis.
frutos de Paxiuba |
A rezina – também é mole,
de cor pardacenta e, posta em uma lamina incandescente de platina, arde
deixando vestígios de resíduo; é solúvel na benzina e no álcool, porém
insolúvel no éter, no éter de petróleo e no clorofórmio
O ácido resinoso é amarelo
clara, solúvel no álcool e nos álcalis; na platina incandescente volatiliza-se
completamente.
Bibliografia: Peckolt
, Gustavo e Theodoro – Plantas Medicinais e de Gozo do Brasil - 1888
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