segunda-feira, 6 de abril de 2015

Aplicações Terapeuticas da Yageína

Em 1923 o Dr Rudolf Wedel, inaugurou os estudos sobre o Yagê no Instituto Pharmacologico da Universidade de Berlim em colaboração com o então professor de Pharmacologia Joachimoglou.
Berfager afirma: “Num doente de Parkinson, postencefálico, de gravidade média, manifestou-se nos dias seguintes a injeção, um aumento progressivo da força que só após duas semanas, voltou ao seu estado primitivo. Houve também, uma melhora da caligrafia”.(Deutsche, Medizinische Wochenschrisft. 1928-22)

Fischer declara: “Em três casos de distúrbios postencenfalicos de diferentes formas clínicas obtive, pela administração da Harmina uma ação nítida sobre a rigidez, os movimentos voluntários e a espontaneidade”. (Münch. Med. Wochenschr. 1929-11)
Rustige assegura: “O que mais me impressionou e ao próprio doente, foi a melhora dos movimentos voluntários”. (Deutsche. Med.Wochenschr. 1929-15)
Pineas informa: “Nos dois casos observados pelo Professor Schuster, na sua clinica particular, um deles era uma senhora de 50 anos, com paralisia agitante gravíssima, acinesia e rigidez máximas, porém sem tremores. Após uma injeção de 0,03 de Harmina a doente que até então, precisava ser transportada, nas escadas, pode subir as mesmas sozinha, embora lentamente, sem auxilio algum. Melhoraram igualmente os movimentos dos braços podendo a doente levar as mãos à boca, o que não era possível antes da medicação pela Harmina”. (Deutsche Medizinische Wochens. 1929-22)
O Dr Nogueira da Silva, acatado medico homeopata, representante do Brasil no Congresso Internacional da Liga Homeopática, cuja reunião teve lugar em Madri em 1933, recebeu do Dr. Rudolf Wedel uma carta, cujo tópico principal não nos furtamos ao prazer de transcrever: “Espero que fique bem orientado sobre minhas observações relativamente a esta planta brasileira que me tem dado e aos meus colaboradores tão bons resultados, notadamente no tratamento da epilepsia e outras doenças nervosas. Chamo-lhe a atenção para as experiências efetuadas no Manicomio Nacional da Prussia, em Postdam, assim como no Hospital para epiléticos da mesma cidade.
Indicações: Insuficiência cerebral, depressão nervosa, perda de memória, da vontade, apatia, fobia, astenia genital.
Em Maurin garante ter a Yageina propriedades anestésicas inferiores à cocaína, porém sensivelmente igual à novocaína.


Bibliografia: Revista da Associação Brasileira de Farmacêuticos – Setembro de 1936 – Oswaldo de A. Costa e Luiz Faria – Laboratório Bromatológico.

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