domingo, 21 de junho de 2015

A pesquisa clínica da Pfaffia

Na área clínica, de fato, há alguns médicos receitando a pfaffia. O ortopedista Amaro Galdino Filho, por exemplo, garante que há dois anos acompanhou um caso de cura de câncer gástrico relacionado ao medicamento, afirma que apesar das pesquisas incipientes, os resultados concretos são animadores. “ A paciente, de idade entre quarenta e cinquenta anos, pesava apenas quarenta quilos, sem condições sequer de passar por cirurgia. Depois de abandonar, na primeira aplicação, a quimioterapia, passou a tomar o pó da raiz chegando a cura completa comprovada por endoscopia anterior e posterior”, depõe.
Segundo Amaro, a ação preponderante do tratamento natural foi indiscutível, a mesma verificada em um caso de linfoma (câncer dos vasos linfáticos) e outros de osteomielite (infecção óssea) e reumatismo. Para ele, encarando-se a doença como um processo de resposta a agressividade a que foi exposto o organismo, a pfaffia pode identificar-se como um conjunto de aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas promotoras de um equilíbrio. “Não acredito que possa ser uma droga milagrosa mas aliada a uma dieta adequada à base de cereais integrais, frutas e verduras ela poderá promover uma restauração do sistema”, de fende.
Pfaffia paniculata
Relatos semelhantes a estes do médico, passados de boca em boca, fizeram aumentar o consumo da raiz que atualmente já se transformou em comprimidos, xampus e cremes cosméticos. No comércio do produto há quatro anos, o garimpeiro Jair de Oliveira, que diz ter, há 44 anos, curado de artrite reumatoide e desde então faz uso regular, constata que a procura está-se intensificando a cada dia. Cpom uma plantação de 12 mil hectares no Mato Grosso e no Pará, ele não teme esgotar a sua produção, porque, por enquanto, ainda não começou a colher as mudas, extraindo apenas as espécies nativas. Mas, a rigor, a comercialização em larga escala é complicada pela dificuldade de cultivo. Segundo Gokichi Akisue da USP, são necessários pelo menos mais cinco a seis anos para que a planta atinja a idade adulta e possa fornecer a raiz. Ele explica tratar-se de uma espécie cujas folhas secam no inverno, brotando novamente no verão, enquanto as raízes permanecem crescendo, atingindo até três metros de profundidade e amplos raios na horizontal. Jair de Oliveira, que formou a sua plantação a partir de estacas, lembra já ter retirado de terra um tipo com 53 quilos, seco, depois transformado em pó. “ Só não vi curar lepra e doenças de Chagas, no mais é remédio para qualquer mal”, garante . Ele alerta para a necessidade de se verificar a procedência do que for consumido, lembrando que a procura pode aumentar as fraudes, uma vez que a distribuição não é fiscalizada. Um dos estudos desenvolvidos na USP promete abrir campo para o plantio, verificando as propriedades da parte aérea da planta, que se forem semelhantes à da raiz permitirão um consumo continuado sem dano ao pé, de crescimento tão demorado.

Bibliografia: Shopping News, 03 de maio de 1987 – Pfaffia: um nome estranho para uma erva de muitos usos. Ana Maria Freitas.

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