Em 1875 na escola Montpellir na França, o farmacêutico
Petitot apresenta a sua tese “Considerações sobre os extratos empregados em
farmácia”.
Segundo este autor quem primeiro deu aos medicamentos
esta forma foi Chin-Neng Imperador da China, Chin-Neng, ano 2600 A.C.,
aplicava-se ao estudo das plantas, e após ter escrito uma história que ainda
existe, sob o nome de “Ervanário de Chin Neng”, fez ensaios e análise de composição
de extratos.
Esses extratos eram dados com precaução aos doentes e o
imperador fazia verificar seus efeitos e suas propriedades, e assim lhe foi
possível compor uma matéria médica.
No ano de 65 da era cristã apareceu uma pobra notável de
Medicina e Botânica, escrita por Dioscoride, dividida em 5 livros, e que foi
durante 15 séculos a matéria médica, dos turcos, dos árabes e de outros povos.
Nesta obra há referência aos extratos, principalmente o de cicuta, obtida com o
suco da planta e dessecada lentamente.
Os árabes foram os
primeiros farmacologistas que se preocuparam cuidadosamente e com bastante
inteligência na preparação dos extratos.
No “Tratado dos Simples”, Ibn el Berthar, fala dos
extratos dos fundos e Abd ex Rezza autor do “Revelador dos Enigmas”, tratado
de matéria médica árabe, fala dos extratos de tâmaras e de uvas.
Nicolau Roépositus, em 1528, em seu “Dispensarium”, dá um
capitulo especial sobre os sucos dessecados preparados espremendo as plantas,
retirando o suco e fazendo evaporar ao sol ou sobre cinzas quentes. Menciona os
extratos de alcaçuz, absinto e centáurea entre outros. Nesta época a palavra
extrato não existia, e tais produtos eram denominados sucos dessecados, (de
succis siccis).
Em 1530 já havia referência ao nome extrato, outros
autores chamavam de extrações e outros ainda de tintura sólida, e a tintura
líquida era chamada de extrações. Só em 1561 foi que a distinção se tornou
patente. O “Guia do Boticário” do neste ano, fazia diferença entre extratos e
tinturas terminando com a confusão.
Gaspár Schvenchfeld, no seu “Thesaurus Pharmacêticus”,
dividiu os extratos em duas classes: Alterantes e Purgativos e do modo de prepara-los.
A “Farmacopeia de Valeius Cordus” também publicada em
1561 não falava dos extratos, mais tarde o Colégio dos Médicos, de Nuremberg,
publicou uma edição oficial na qual figurava quatro extratos simples e cinco
compostos.
Em 1610, Jean dde Vale, publicou em Gênova uma tradução “Grande
Tesouro ou Dispensário e Antidotário” de J.J. Wcher, de Bale, na qual figuravam
fórmulas de numerosos extratos, muitos dos quais usados em nossos dias.
Somente em 1624, os extratos passaram a ter uma
significação bem clara. Esta definição foi escrita por Jean Béguin em seu livro
“Elementos de Quimica”.
“Os extratos, assim chamados especificamente são tirados
dos animais e dos vegetais , por meio de dissolventes ou mênstruos, (veículos
empregados das plantas e devem variar na composição de conformidade com a
composição química da parte do vegetal empregada), apropriados, como só: o
espírito do vinho, o leite, a genebra, o hidromel vinhoso, a água de maçãs e outros
ou melhor as águas destiladas”.
Em 1649 na “Farmacopeia Medico Química”, impressa em
Lyon, de autoria de Jean Scheveder define os extratos como: “É a essência de uma
substância separada da parte grosseira por meio de líquido e levado à
consistência conveniente”.
(Continua)
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