É uma árvore, magnífica, sempre vede, piramidal, com cerca de 50m de altura e 6 de circunferência; ramos 4-8, verticilados, brotando circularmente do tronco; folhas escamosas e ásperas, imbricadas; flores variadas no extremo dos ramos, reunidas no extremo dos ramos, reunidas em cachos de forma cônica, compostas de escamas, sendo as masculinas colocadas nas axilas das escamas; as femininas de forma oval; o fruto com 15cm, pouco mais ou menos de extensão, de forma cônica, superfície escamosa, de cor verde, constituído pela reunião de escamas que envolvem a semente, que são de forma cônica alongada em um eixo comum, cujo ápice é voltado para fora formando a parte verde exterior do fruto; as sementes envoltas em cada escama da pinha, á proporção que se concentram, tomam uma cor avermelhada no ápice, mesclada de manchas escuras; cada uma delas compõem-se de um tegumento duro e coriáceo difícil de romper-se; segue-se depois uma membrana delgada, avemelhada que envolve uma amêndoa branca oleosa, leitosa antes de madura.
O vegetal floresce no mês de agosto carecendo de 10 a 11 meses para o completo desenvolvimento dos frutos, dando 60 a 80frutos e cada um destes contendo 600 a 800 bagas, das quais 120 a 250 acham-se frutificadas e as outras são chatas e sem amêndoas.
Encontra-se em quase todo o sul e sudeste do Brasil, principalmente no estado do Paraná, onde aparece em maior quantidade formando a Floresta de Araucáias.
É cultivada no jardim como planta de adorno. As sementes denominadas “pinhão”, privadas da parte coriácea, cruas ou cozidas, são alimento para o homem e para animais. As amêndoas secas ao calor, e reduzidas a pó, fornecem uma farinha nutritiva de fácil conservação; torradas e mis turadas com leite e açúcar, dão uma bebida semelhante ao chocolate.
O eixo onde se acham alojadas as bagas constitui, no estão verde, uma haste semelhante ao sabugo da espiga de milho, protegida por uma substância glutinosa conhecida vulgarmente por goma de pinhão, usada contra as afecções pulmonares.
Uma haste fornece 15 a 20grs da substância glutinosa que é separada com facilidade, sendo esta da consistência de extrato mole, de cor pardacenta, sem aroma, mucilaginosa e de sabor particular.
Os amantilhos das flores masculinas verdes são muito resinosos, possuindo um aroma não desagradável, um pouco semmelhante ao do zimbro, (Juniperus comunis, L)
O caule da árvore deixa exsurdar um liquido aormático que, ao contato do ar, no fim de algum tempo, se endurece, sendo conhecido pelo nome de resina de pinheiro; a qual é usada internamente em xarope como peitoral; raras vezes externamente.
Esta goma-resina, seca e exposta ao calor do fogo em vaso apropriado, amolece sem se fundir e sobre um forte calor arde com chama fuliginosa, espalhando aroma semelhante ao do incenso.
A madeira do pinheiro é usada para construção civis e naval, podendo distinguir-se três variedades: branca, parda e vermelha, o que depende provavelmente do terreno e localidade onde o vegetal cresce.
É superior em qualidade ao pinho de Riga e outras madeiras semelhantes importadas.
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