Estudos Farmacognostico do Abacateiro – Farm. Oswaldo de Almeida Costa e Oswaldo de Lazzarini Peckolt
Sinomia vulgar: Louro abacate; Pêra abacate; Avocat; Palla; Avocado
Seu nome de origem tupi quer dizer Árvore de boa qualidade.
História: O abacateiro é conhecido desde a descoberta da América, onde os primeiros colonizadores o encontravam cultivado pelos Aztecas e outros povos indígenas, para aproveitamento de seus frutos, o que não tem impedido, entretanto que alguns autores lhe atribuam a origem Persa.
Diversos autores divergem se sua origem é mexicana ou guatemalteca. Martius, mencionam-no como natural da orla marítima da zona tropical das Américas Meridional, Central e Antilhas.
É comum queixarem-se seus cultivadores das safras alternadas, queda excessiva das flores e até mesmo infecundidade de alguns exemplares desta espécie vegetal; explicam-se tais anomalias pelo fenômeno da dicogamia, observado freqüentemente no abacateiro. Não raro encontram-se pés infecundos apesar de florescem regularmente e ser a espécie hermafrodite; isto se verifica nas plantas isoladas, pelo fato de não se poder efetuar em suas flores a autogmia, a fecundação cruzada, realizada pelo pólen das flores de outros abacateiros. A dicogamia do abacateiro é segundo Nirody, protogínica; o órgão feminino atinge a maturidade antes que os estames, por meio de suas anteras, tenham expelido o pólen fecundante.
As partes deste vegetal usadas em medicina, são a folha, a casca, a polpa do fruto e a semente.
Composição química: Em 1831, Avequim, isolou da polpa do fruto um hepta-álcool natural, a perseita que supôs ser manita.
Theodoro e Gustavo Peckolt isolaram das folhas um princípio amargo, a que denominaram Abacatina.
Assinalaram ainda estes autores nacionais, o aumento de substância gordurosa e a diminuição do perseitol com o avança da maturidade do fruto.
Estudos provam ser o fruto do abacateiro, bastante rido em vitaminas.
Emprego Oficinal: A Farmacopéia Brasileira consigna como oficinal apenas as folhas do abacateiro, as quais são empregadas no preparo do extrato fluído das espécies diuréticas. As folhas são carminativas, energicamente diuréticas e emenagogas; indicadas nas obstruções do fígado e baço, nas cólicas menstruais.
Os caroços são adstringentes, antidiarréicas e geralmente consideradas como afrodisíacas. São empregadas internamente pelo povo, em clisteres, em cozimento, contra as diarréias e disenterias.
Frohli aconselha o emprego do extrato fluido das sementes para combater as nevralgias;
As flores são utilizadas como emenagogo em infuso, na dose de 60,0 para 600,0ml de água fervente, 3 chícaras por dia.
Muito legal as informações!
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