Revista de Medicina e Farmácia 1925 – Rodolpho Albino Dias da Silva
Petiveria tetrandra Gomes.
A parte mais ativa desta planta é a raiz, sabemos que o povo também usa as folhas, que possuem um aroma fracamente aliáceo, que comunica ao leite das cabras, quando comida por elas;
Nas raízes Theodoro e Gustao Peckolt acharam óleo essencial, um principio ativo que nomearam de Pitiverina e um ácido resinoso.
O óleo essencial é de cor amarelada, de sabor fortemente acre e picante e de Roma particular, canforaceo, e não contem enxofre.
A petiverina é uma substância amorfa amarelada, pulverulenta, inodora, de sabor fortemente amargo, picante; é solúvel no ater, no álcool, na água acidula e pouco solúvel na água fervente. Seu soluto precipita pelos cloretos de platina de ouro e pelo ácido tânico.
Pode ser obtida, segundo seus descobridores, tratando-se o extrato alcoólico da raiz pela água fervente, filtrando-se, eliminando-se o excesso de chumbo do filtrado pelo hidrogênio sulfuretado, filtrando-se novamente e evaporando-se até consistência xaroposa. Trata-se então o líquido xaroposo e pelo álcool absoluto, separa-se este, destila-se e vascoleja-se o resíduo xaroposo com éter, evapora-se o soluto etéreo espontaneamente e purifica-se o resíduo dissolvendo-o repetidas vezes no éter.
O ácido resinoso tem consistência de terebentina, cor pardacenta, sabor picante e aroma fortemente canforaceo e um tanto aliáceo, da raiz fresca.
Propriedades Terapêuticas
A raiz de Guiné é empregada como estimulante na paralisia, sudorífera e alexifera. Em altas doses é abortiva. É toxica, provoca envenenamento quando ministrado em pequena doses.
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