Entre as espécies estudadas figuram as seguintes, os seus nomes populares são: Barbatimão, Angico, Vinhatico do Campo, Cambuí, Brincos de Sagui, Cambuí da Praia, Munjolo preto,Vermelho e Roxo, Ingá,Braúna, Cannafístulla, Jurema, Guarabú, Muricí entre outras. Aqui falaremos apenas das principais.
Barbatimão (Stryphnodendrum barbatimão em var. espécies) da família das Leguminosas, existe em quase todo território brasileiro como árvore de porte mediano, cause tortuoso, fornecedora de boa madeira para a marcenaria.
A casca desta árvore possui excelentes qualidades medicinais e em dúvida a mais abundante em cortim, alcançando a de árvores colocadas em terrenos secos. As de terrenos úmidos tem uma menor quantidade do cortim.
Seca ao sol, a casca perde mais de 10% de tanino, convidando por conseguinte o secamento em lugares sombrios e expostos ao vento.
É inconveniente guardar a casca por mais de dois anos, sem uso. É melhor conservá-la moída, armazenada em tanques cimentados.
Angicos sob este nome geral são conhecidos nos diversos estados do Brasil
Numerosas espécies com cascas taníferas. Conforme a idade e o local do crescimento a porcentagem de cortim varia entre 22 e 42% sendo os indivíduos de locais secos os menos abundantes em cortim, o secamente brusco ao sol parece não prejudica o material, não mancha. Observado que cascas armazenadas por muito tempo, alguns meses, os couros; foi-me, entretanto impossível verificar o motivo das manchas.
Vinhatico do Campo (Enterolobium ellypticum, Benth) existe em Minas, Pernambuco e Goyas uma variedade do angico que apresenta entre 33 e 41% porcentagem de seu teor, expostos ao secamento brusco. Quanto ao transporte fica durante dias expostos a umidade e começam a fermentar o que posteriormente mancha sobremodo os couros, não se podendo senão dificilmente eliminar as partes assim modificadas das cascas.
Cambuí (Piptadenia colubrina, Benth) Cascas novas atingem até 32% de tanino, depois de tiradas dos pés devem ser utilizadas sem maior demora, pois se não utilizadas em três meses ficam inutilizadas.
Brincos de Sagui chama-se uma espécie de Pithecolobium que abunda nos Estados do Norte. Somente uma pequena quantidade de casca chegou-me ás mãos, apresentando 29% de cortim. Pelo que pude averiguar, parece ótima casca para couros leves ou para o curtume rápido debaixo de “vacuo oscilante” Resiste fortemente as influencias provocadas de fermentação.
Alamnaque Agrícola do Brasil-1920- autor: Freise, Frederico
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