Scilla Marítima, L. |
A Scilla geralmente, mata com rapidez os animais domésticos
e todos os mamíferos, sendo os camelos são muito sensíveis a sua ação tóxica,
morrendo poucas horas após a sua ingestão. É um violento veneno narcótico-acre,
de efeito emeto-catartico, que ativa principalmente sobre o sistema nervoso.
Além desta Scilla, mais conhecida pelo nome de Scilla
vermelha e Scilla macho em alguns países, ou Scilla de Espanha existe uma
variedade denominada Scilla branca, Scilla fêmea ou Scilla da Itália, a qual
possuem as escamas do bulbo cor branca e cuja ação tóxica é bastante reduzida,
sendo por este motivo, pouco empregada.
A Scilla pode ser cultivada em nosso país, em qualquer
terreno, mesmo no arenoso; a sua propagação pode ser feita pelas sementes ou
por pequenos rebentos. A sua colheita resume-se no aproveitamento dos bulbos,
dos quais são rejeitadas as suas camadas externas, geralmente secas e bem
assim, as centrais, de cor branca e pouco ativa. As camadas internas dessa
cebola são vermelhas e possuem ação eminentemente toxica, o seu suco é acre, ligeiramente
viscoso e inodoro. Separadas das outras camadas da cebola, são cortadas em
pequenas tiras e secas ao sol ou na estufa e guardadas ao abrigo da humanidade
para evitar o bolor. Elas encerram matéria corante amarelo avermelhada, tanino,
substâncias gomosas, glicose e dois princípios ativos, um amargo, a Scilla Tina
e o outro acre a Skuleina, ambos glicosídeo, contêm ainda traços de iodo, sais
e etc.
A Scilla é muito empregada para matar ratos, sob a forma
de pó, e na Grécia, é utilizada para o fabrico do álcool, fazendo-a fermentar e
depois submetendo a destilação os seus bulbos.
Em nosso país, existe uma planta bastante cultivada nos
jardins, devido à beleza de suas flores, a qual pode substituir a Scillas
marítima, quanto a sua ação destrutiva dos terríveis roedores e aos seus
efeitos medicinais, por possuir as mesmas propriedades e conter princípios
ativos semelhantes. Esta planta que possui um grande bulbo á cebola, pertencente
a família das Amarillideas e é a Scilla marítima, L.
Bibliografia:
Chácaras e Quintais 15 de julho de 1920.
Nenhum comentário:
Postar um comentário