sábado, 1 de setembro de 2012

O Extrato Fluido na farmácia e na medicina


Extrato Fluído 

O Extrato Fluido é utilizado na farmácia para obter infusos e decocto, xarope, vinhos, elixires, pomadas, tinturas, para todas as preparações em suma em que tenha de entrar qualquer planta, pois todas podem fornecer o respectivo extrato fluído. 
Na opinião de alguns farmacólogos, o extrato fluido não se prestaria para o preparo de infusos e decocto e ainda menos tinturas.  Com a nossa larga experiência, afirmamos que, partindo de extrato fluído a 100%, convenientemente preparado, essas preparações resultam iguais como se fossem feitas com a própria planta nas melhores condições de conservação.
O extrato fluido representa, quanto à atividade e riqueza de princípio, a própria planta que lhe deu origem. Resultam aquelas preparações diferentes precisamente porque em muitos casos, são empregados extrato fluídos falsificados, ou com a quantidade de planta bastante reduzida.
Para preparação de tinturas, é necessário ter em conta o grau alcoólico que composta a mesma, não dispensando a maceração de 2 a 4 dias para que haja o tempo necessário para redissolver alguns princípios que precipitam pela mudança de veículo.
O alcance prático e econômico que representam os extratos fluídos para a moderna farmácia, que tem neles a sua maior base para todas as suas  variadas preparações.
Não menos importante, são os extratos fluídos para a clínica médica , pois constituem eles a maneira mais racional e cômoda do médico empregar, em seu receituário, as plantas medicinais, porque os princípios úteis destas encontram-se em uma condição ótima para poderem ser associados a todas as formas que habitualmente prescrevem.
Mesmo em natureza, o extrato fluído pode ser utilizado pelo médico clínico, sob a forma de gotas, em pequenas colheres, diluído em um pouco de água simples ou açucarada. Por isso os médicos no emprego direto do extrato fluído, na esperança de que um dia volte a ser o receituário médico individual, o que foi em tempos que não vão muito longe, e que tanto prestígio e importância conferiam ao médico clínico.
É de lastimar que tantas plantas, de ação curativa segura e proclamada por todos que as empregam, não tenham entre os legítimos facultativos a merecida aceitação e delas se utilizem quase que somente os curandeiros e curiosos da medicina. Poucos são os médicos que prescrevem as plantas em su receituário.

Bibliografia: Revista Brasileira de Farmácia – Março de 1942- Profº Virgilio Lucas

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