segunda-feira, 8 de julho de 2013

Erva Mercurial e Mastruço

Erva Mercurial

Não há entre nós, quem não conheça esta planta rasteira que é frequente nos campos e tão vulgar que até nas beiras de estradas pode ser encontrada com bastante facilidade; a fama das suas propriedades medicinais ficou gravada no seu nome vulgar, O caule nodoso, pé rasteiro, apresentando de espaço em espaço raízes adventícias, as folhas bem pecioladas são palmatipartidas e raramente vão além de 4 ou 5 centímetros de largura. As flores são solitárias, pedunculadas, nascendo na axila das folhas e de cor vermelha mais ou menos carregada. O fruto é uma capsula de poucos milímetros de comprimento (3-4).
Como dissemos, esta planta é vulgar nos campos e em qualquer parte, encontrando-se em flor na primavera, Cientificamente tem o nome de Mediolastrum jaggianum, e pertence à família das Malváceas.
Graças à sua abundante mucilagem a erva mercurial presta-se bem para auxiliar a resolução nos tecidos inflamados em aplicações diretas, depois de contusas, como também para tratar ulceras de qualquer natureza.
Como diz, porém, o nome vulgar, seu uso mais indicado e eficiente é contra as enfermidades venéreas, e como tal é muito aproveitada entre os habitantes do campo.

Mastruço

Entre os vegetais que na flora são distinguidos com este nome vulgar destaca-se a Senebiera pinnatifida, que se encontra em todos os terrenos cultivados, exposto à sombra nas margens dos pequenos cursos de água, nos quintais.
Mastruço
Originaria do norte da Europa, acha-se subespontânea em quase todo o Brasil do Sul e muito vulgar em Santa Catarina. O caule pubescente, prostrado; as folhas pinadas, com os folíolos pequenos lanceolados, agudos.
Dizem que as plantas novas podem ser comestíveis e são consideradas também forrageiras. Quanto às propriedades medicinais o seu uso acha-se bastante espalhado entre a gente do campo, quer sobre a forma de suco quer em forma de infusão especialmente nas moléstias pulmonares.
Afirma-se que combate eficientemente às dores de peito e as pontadas e até as hemoptises cedem com o suco; tem propriedades expectorantes e excitantes. O suco extraído por meio de alta pressão acha-se em venda nas casas que comercializam plantas medicinais e é aconselhado na dose de uma colher de sopa de duas em duas horas durante cinco dias.
Os autores acham-se de acordo em reconhecer também nesta planta prop´riedades antiescorbútica e nos países vizinhos a infusão do Mastruço é aconselhada nas febres intermitentes e na doença chamada de Chucho. O dr. Araujo diz que o suco desta planta é bastante vermicida.


Bibliografia: Anuário Agrícola 1932-1933 – Alaguns represntantes da Flora Medicinal do sul do país.

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