As
Aristolochiaceas, que contem as espécies medicinais mais antigas e a respeito
das quais já publicamos uma completa monografia, são muito apreciadas. Suas
virtudes estomáquicas, sobejamente confirmadas, deram-lhes o renome de que
gozam. Considera-as o novo também antirreumático e antifebril. Muitíssimas,
mesmo das 80 espécies registradas e descritas para o Brasil, já estão incluídas
nas farmacopeias.
Aristolochia |
Nas Rubiaceas,
em que predomina o alcaloide “Quinina” e seus afins, bem como a “Emetina” e
ainda a “Cafeína”, os princípios ativos medicinais são de grande valia para a
medicina. Combatem eles as febres, as moléstias do estomago. Tonificam o
organismo, estimulam e servem, em outras espécies, para aliviá-lo de entraves vários
por meio da ação da “Emetina”. As Rubiaceas pertencem, também as espécies mais
tóxicas para o gado.
Das
loganicaes destacamos as espécies do gênero Strychnos, que são altamente tóxicas
e medicinais ao mesmo tempo. A elas deve o “Curare” a sua atividade e a ele
pertence a “Quina do Cerrado”. Delas nos vem a “Nós Vômica”, os melhores antídotos
para o veneno das cobras e os mais enérgicos princípios que atuam sobre os vasomotores.
Não são poucas as espécies já consagradas na medicina oficial.
As
Apocynaceas, em regra geral, mais ou menos drásticas, graças ao látex que
encerram em seus órgãos e especialmente nos xylopodos, têm fama mundial como
purgativas. Muitas são. Igualmente preconizadas contra a icterícia e outras
perturbações do fígado. Algumas são antifebris, antirreumáticas, emenagôgas, anthelminticas,
antissifilíticas e vulnerarias. A Vinca rósea,
L ou melhor Lochnera rósea, Reichb, a
“Boa Noite” é apregoada como útil para combater a tuberculose, o biabetes e as diarreias
em geral. Muitas espécies, por conterem uma substância mais ou menos amarga,
passam por estomáquicas e outras como eméticas.
As
Asclepiadaceas, de que nós advem o “Condurango” e o “Mudari”, são mais ou menos
empregadas para os mesmos misteres da precedente. Mais uso encontram elas como
drástico.
Das
Gentanaceas podia-se falar muito. Elas têm grande valor na medicina. Especialmente
bem conhecidas são suas virtudes estomáquicas e antifebris. Graças a substancia
amarga que encerram, prescrevem-nas os próprios médicos sempre que pretendem
curar uma perturbação gástrica ou quando desejam combater á febre de coisa ignorada.
As
Scrophulariaceas, essencialmente amargo tônicas, variam enormemente quanto às
suas virtudes e aplicações. Elas agem também como drástico e como narcótico.
Delas vem o “Verbasco”, a “Linaria”, a “Digitalis”, a “Veronica” e muitas
outras ervas oficinais geralmente conhecidas e prescritas na clínica, além da “Salvia”
e da “ Parietaria”.
Bibliografia:
Boletim de Agricultura – 1929 – Os Vegetais na Terapêutica – F. C. Hoehne
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