domingo, 7 de setembro de 2014

Inhame Gigante

Alocasia macrorrhiza – Schott

É oriundo do Ceilão e acha-se cultivado no Brasil desde 1858.
Tem caule de 2 a 5 metros de altura sobre 20-30cm de diâmetro; com as folhas longamente pecioladas, ovais agudas de 60cm de comprimento; a inflorescência acha-se em um longo pedúnculo de 15 a 20cm de comprimento, protegido por uma espada de 21cm de extensão; o fruto é uma baga de cor amarelada de 1 cm de comprimento sobre 7mm de diâmetro.
A raiz tuberosa é mais ou menos cônica e às vezes atinge a 1 ½ metro de comprimento sobre 33cm de diâmetro.
Folha do Inhame Gigante
A sua cor é mais ou menos pardacenta e a parte interna carnosa é leitosa e de cor avermelhada um pouco esbranquiçada para o centro, não tão mucilaginosa como as espécies precedentes.
Essa tubera contusa produz, em contato com a epiderme, um prurido insuportável desenvolvendo-se uma erupção semelhante à de um eczema.
O suco leitoso que exsudando em pequena quantidade da raiz tuberosa foi com muita dificuldade separada e depois analisada.
Em 100grs deste suco o principio que denominamos alocasina é em cristais muito pequenos, brancos, solúveis com facilidade a quente no éter e no alcoóis absolutos e completamente voláteis na platina incandescente; o acido tânico dá com os persais de ferro uma coloração esverdeada e com os proto sais uma coloração preta.
A cultura desta planta, que era feita outrora em grande escala pelos fazendeiros, acha-se hoje abandonada por não servir para alimentação dos animais, tendo se verificado ser ela nociva e produzir emagrecimento.
Raízes de Inhame Gigante 
Na Índia utilizam-se desta planta, principalmente das folhas e do caule, para alimentação dos animais, sendo antes submetidas a uma cocção de algumas horas por serem consideradas toxicas quando não sofrem este processo.
As folhas tenras da planta depois de bem cozidas são tidas como um bom legume.
As folhas contusas são aplicadas em cataplasmas nas inflamações do corpo e também como antidoto da picada de insetos venenosos.


Bibliografia : Peckolt , Gustavo e Theodoro – Plantas Medicinais e de Gozo do Brasil - 1888

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