Superstição curiosa era a ideia de um remédio simpático.
A noção era que no caso de uma ferida o remédio devia ser aplicado não sobre a
ferida propriamente porem sobre o objeto que causara a ferida. A ferida era
pensada, é certo; porém o machado, a faca, ou outro instrumento causador do
golpe era tratado com pomada ou qualquer unguento curativo. Um pouco do mesmo
modo como nós dizemos às crianças pequenas quando elas batem contra o poste, ou
são projetadas dos seus carrinhos: “Poste malvado! Carrinho mau”! Paracelso,
que tornou popular o remédio simpático, acreditava “que a aplicação da pomada
na arma contundente atuava sobre a ferida por meio de uma corrente magnética através
do ar”.
Urtiga doica |
Uma superstição que persiste até aos nossos dias em
algumas regiões do páis é que se alguém foi envenenado por uma planta, por
exemplo a era venenosa, outra planta (Comigo ninguém pode, Lobelia), que é um
antidoto contra veneno, será achada crescendo nas proximidades da planta
venenosa: encontra-se perto da urtiga (Urtiga dioica) o rumex de folha larga
que dizem ser antidoto do veneno urticante.
Com o princípio da colonização da América (Jamestow,
1607; Plymouth, 1620) a pratica da medicina e da farmácia teve o seu início
neste país. “Existem alguns médicos e boticários muito educados em cada uma
destas colônias, porem na sua maior parte a pratica da medicina consistia de
empirismo e a aceitação do folclore índio”. Nenhum fomento ou reconhecimento da
educação profissional ou outra qualquer foi prestado por qualquer destas colônias
locais. Nas colônias de influência espanhola e francesa, os padres, e
particularmente os jesuítas, foram o fator mais importante no desenvolvimento
da farmácia e da medicina.
Uma autoridade na matéria diz respeito deste período: “Qualquer
pessoa que conhecesse a diferença entre calomelanos e o tártaro emético, entre
a jalapa e a ipecacunha, e tivesse a ousadia de empregar, que pudesse fabricar
e aplicar unturas e emplastros, pensar feridas ou aplicar talas em um membro
quebrado, era bem recebido na colônia e davam-lhe o título de doutor sem ele
mesmo o pedir”.
Em 1765, estabeleceu-se a primeira escola médica dos
Estados Unidos na Universidade de Pensilvania e ali era ensinada a farmácia,
sendo assim introduzida na América do Norte a pratica de receitar. Foi neste
lugar que Adam Kuhn, um dos discípulos de Lineu, se tornou em 1768 o primeiro
professor de botânica e matéria médica nos Estados Unidos. Em 1790 publicava o
primeiro jornal sobre o tema em Nova York.
Nos séculos XIX e XX as invenções, descobertas,
aperfeiçoamentos e novo métodos deste ultimo período são numerosos de mais para
que se possa sequer enumerar. Por meio do microscópio composto aperfeiçoado, a
natureza do protoplasma, isto é, a matéria viva das células das plantas e dos
animais foi demonstrada durante a primeira metade do século XIX por Von Mohl,
Schleiden e Max, Schulze; e Pasteur (1822 -1895) estabeleceu os fundamentos da ciência
da bacteriologia com seu trabalho sobre as bactérias, que incluem plantas da
maior importância em medicina. Neste caso, contudo, estas plantas mostraram ser
em geral antes a causa do que a cura da doença.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal – 1945 – Graves, Arthur Harmount – Resumo da
História das Plantas Medicinais
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