sábado, 3 de janeiro de 2015

História dos medicamentos na renascença

Flamel Perenelle
Nos séculos XIV e XV, como é geralmente conhecida estabelece e transição entre a Idade Média e a História Moderna. Seu princípio e duração (de aproximadamente a queda de Constantinopla em 1452, ao Saque de Roma, em 1527) varia mais ou menos com a arte, filosofia, ciências e outros ramos da cultura e do saber. Foi caracterizada pela “revivescência do saber” a redescoberta de clássicos gregos e latinos e o desenvolvimento do “Humanismo”.
A farmácia e a medicina, praticadas originalmente pela mesma pessoa, tornaram-se bem reconhecidas durante A Renascença como profissões separadas e foram consideradas com crescente respeito, sendo uma razão que elas eram muito procuradas por causa da prevalescencia das doenças epidêmicas daquela época. A lepra e ergotismo (causado pela alimentação com pão de centeio no qual o centeio tinha sido infectado, pelo fungo do esporão de centeio) e a peste negra ou peste oriental eram então comuns. Está registrado que havia 200 casas de lázaros (casas de doentes) na Grã Bretanha e mais 2 mil na França. A peste negra foi responsável pela perda de 25% da raça humana nos séculos XIII e XIV, um total avaliado em 600 milhões de seres.
Os trabalhos de Chaucer (1340-1400), em que ele ironiza o médico e o boticário, refletem um íntimo conhecimento destas profissões. Nos seus “Canterbury Tales” ele diz do médico e seus estudos são apenas um bocadinho da Bíblia.
Durante os séculos XIV e XV a procura da pedra filosofal e do elixir da longa vida continuou com afinco e persistência como o atestam enfaticamente as vidas de Aladino de Lisle, Ferarius, Flamel, Peter Bono, Basílio Valentim, Bernardo Trevisan, e outros.
Uma inovação de tremenda importância, afetando profundamente cada domínio do saber, data de cerca de 1450, a saber a invenção da prensa pelo uso dos tipos moveis. Por meio desta invenção o conhecimento podia srr difundido muito mais facilmente, porque nos devemos lembrar que até aquela época todos os livros tinham que ser escritos à mãos.
A descoberta da América por Colombo em 1492 está relacionada de um modo direto com a medicina porque muitas drogas e espécies eram dispendiosas e difíceis de obter porque eram trazidas pelos caminhos terrestres das caravanas que vinham do longínquo Oriente, ou de longas distâncias nos mares infestados pelos piratas. Daí a procura de Colombo por um caminho mais fácil para a Índia navegando para o ocidente.

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal – 1945 – Graves, Arthur Harmount – Resumo da História das Plantas Medicinais

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