Flamel Perenelle |
Nos séculos XIV e XV, como é geralmente conhecida
estabelece e transição entre a Idade Média e a História Moderna. Seu princípio
e duração (de aproximadamente a queda de Constantinopla em 1452, ao Saque de
Roma, em 1527) varia mais ou menos com a arte, filosofia, ciências e outros
ramos da cultura e do saber. Foi caracterizada pela “revivescência do saber” a redescoberta
de clássicos gregos e latinos e o desenvolvimento do “Humanismo”.
A farmácia e a medicina, praticadas originalmente pela
mesma pessoa, tornaram-se bem reconhecidas durante A Renascença como profissões
separadas e foram consideradas com crescente respeito, sendo uma razão que elas
eram muito procuradas por causa da prevalescencia das doenças epidêmicas daquela
época. A lepra e ergotismo (causado pela alimentação com pão de centeio no qual
o centeio tinha sido infectado, pelo fungo do esporão de centeio) e a peste
negra ou peste oriental eram então comuns. Está registrado que havia 200 casas
de lázaros (casas de doentes) na Grã Bretanha e mais 2 mil na França. A peste
negra foi responsável pela perda de 25% da raça humana nos séculos XIII e XIV,
um total avaliado em 600 milhões de seres.
Os trabalhos de Chaucer
(1340-1400), em que ele ironiza o médico e o boticário, refletem um íntimo
conhecimento destas profissões. Nos seus “Canterbury Tales” ele diz do médico e
seus estudos são apenas um bocadinho da Bíblia.
Durante os séculos XIV e XV
a procura da pedra filosofal e do elixir da longa vida continuou com afinco e
persistência como o atestam enfaticamente as vidas de Aladino de Lisle,
Ferarius, Flamel, Peter Bono, Basílio Valentim, Bernardo Trevisan, e outros.
Uma inovação de tremenda importância,
afetando profundamente cada domínio do saber, data de cerca de 1450, a saber a
invenção da prensa pelo uso dos tipos moveis. Por meio desta invenção o
conhecimento podia srr difundido muito mais facilmente, porque nos devemos
lembrar que até aquela época todos os livros tinham que ser escritos à mãos.
A descoberta da América por
Colombo em 1492 está relacionada de um modo direto com a medicina porque muitas
drogas e espécies eram dispendiosas e difíceis de obter porque eram trazidas
pelos caminhos terrestres das caravanas que vinham do longínquo Oriente, ou de
longas distâncias nos mares infestados pelos piratas. Daí a procura de Colombo
por um caminho mais fácil para a Índia navegando para o ocidente.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal – 1945 – Graves, Arthur Harmount – Resumo da
História das Plantas Medicinais
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